Justiça suspende audiências sobre desaparecimento de Isis
Não há prazo para o retorno das audiências; havia expectativa de que o réu fosse ouvido nesta quinta-feira (24)
Publicado: 25/10/2024, 09:43
A Justiça do Paraná suspendeu, nessa quinta-feira (24), as audiências que ouviam as testemunhas relacionadas ao desaparecimento da adolescente Isis Victoria Mizerski, de 17 anos. A jovem, que estava grávida, sumiu no início de junho em Tibagi, na região dos Campos Gerais do estado. O vigilante Marcos Vagner de Souza, de 35 anos, é réu sob a acusação de ter matado e escondido o corpo da jovem.
A Banda B apurou que duas testemunhas de defesa não foram intimadas, mas os próprios representantes do réu teriam insistido do depoimento delas. Em seguida, foi pedido a substituição de uma delas [testemunhas de defesa]. Por outro lado, todas as testemunhas de acusação foram todas ouvidas.
A única testemunha que faltou foi a irmã de Ísis, que foi dispensada a pedido do Ministério Público do Paraná (MP-PR) e da assistência de acusação sob a alegação de que ela deve ser ouvida ‘através de depoimento especial’.
Como a defesa teria insistido na oitiva da irmã de Ísis, o juiz determinou que um psicológico faça uma avaliação das condições de saúde e psicológica da menor para depois decidir se irá ouvir ou não.
Não há prazo para o retorno das audiências. Havia expectativa de que o réu fosse ouvido nesta quinta-feira (24).
Ao todo, são 16 testemunhas de acusação e duas de defesa. Após os depoimentos, defesa e acusação terão espaço para apresentar as alegações. Depois desse processo, o juiz determinará se Souza irá a júri popular.
O caso Isis - Isis Victoria Mizerski, de 17 anos, desapareceu no dia 6 de junho, uma quinta-feira, após contar para a irmã e uma prima que iria se encontrar com Marcos para resolver questões sobre uma gravidez. A adolescente havia descoberto há pouco tempo a gestação.
Casado e pai de três filhos, o suspeito vivia um relacionamento extraconjugal com a garota.
Antes de sumir, Isis enviou para a família com a localização pelo celular. A polícia informou que essa mensagem foi apagada logo depois e que na sequência o aparelho foi desligado.
Inicialmente, Marcos negou ter encontrado Isis. Depois mudou a versão, porque câmeras de segurança da cidade mostraram ele e a jovem juntos.
Com a quebra de sigilo telemático, foi possível verificar que o celular de Isis emitiu sinal pela última vez em Telêmaco Borba, próximo a uma estrada chamada Mandaçaia. De acordo com a polícia, Marcos esteve nessa região de mata duas vezes depois do sumiço da adolescente.
O Corpo de Bombeiros fez buscas nessa área, com apoio de cães farejadores e drone, mas nada encontrou.
Depois de quase cinco meses de buscas, o corpo de Isis ainda não foi encontrado. Marcos nega envolvimento no desaparecimento. Apesar disso, ele responde por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e aborto.
Informações: Banda B