Fadel critica decisão do Governo Federal de zerar imposto de alimentos
Para o parlamentar, o impacto será mínimo no valor dos alimentos, mas irá diminuir a competitividade de produtos nacionais no mercado interno
Publicado: 07/03/2025, 14:45

O deputado estadual e 3º vice-presidente da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), Moacyr Fadel (PSD), criticou as medidas adotadas pelo Governo Federal para tentar reduzir o preço de alimentos. "Mais uma vez a conta vai sobrar para o produtor", comenta o parlamentar.
Nessa quinta-feira (07), como alternativa para segurar a inflação dos alimentos, o governo decidiu zerar o Imposto de Importação de nove tipos de comida. As medidas foram anunciadas após uma reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) com ministros e empresários, no Palácio do Planalto.
Para Fadel, o impacto será mínimo no valor dos alimentos, mas irá diminuir a competitividade de produtos nacionais no mercado interno. "Além do impacto mínimo no preço dos alimentos, as medidas anunciadas pelo Governo Federal vão reduzir a competitividade do produto nacional no mercado interno. Não podemos aceitar mais esse ataque ao setor produtivo", ressalta.
"Ao invés baixar as taxas dos atravessadores, dos frigoríficos e dos fornecedores, para que possam repassar aos consumidores preços menores, o Governo Federal vai atingir diretamente os produtores rurais. Quem sai beneficiado são os produtores da Argentina, Paraguai, Uruguai e da China, por exemplo", afirma o deputado estadual.
De acordo com o parlamentar, esta foi uma atitude errada do Governo Federal.
RELEMBRE - Os alimentos que terão os tributos zerados são:
- Azeite: (hoje 9%);
- Milho: (hoje 7,2%);
- Óleo de girassol: (hoje até 9%);
Sardinha: (hoje 32%);
- Biscoitos: (hoje 16,2%);
- Massas alimentícias (macarrão): (hoje 14,4%);
- Café: (hoje 9%);
- Carnes: (hoje até 10,8%);
- Açúcar: (hoje até 14%)
Para o vice-presidente, a medida não prejudicará os produtores nacionais, apesar da concorrência com o alimento importado. “Nós entendemos que não [vai prejudicar o produtor brasileiro]. Você tem períodos de preços mais altos, mais baixos. Nós estamos em um período em que reduzir o imposto ajuda a reduzir preços. Você está complementando. Não vai prejudicar o produtor, mas beneficiar os consumidores”, declarou.