AMP e AMCG solicitam apoio contra impactos do ‘tarifaço’ no Paraná
Associações entregaram ofício à Confederação Nacional de Municípios (CNM) solicitando apoio diante da crise gerada pela tarifa de 50% imposta pelos EUA sobre produtos brasileiros
Publicado: 12/09/2025, 03:00

Ao lado da diretoria da Associação dos Municípios dos Campos Gerais (AMCG), presidida pela prefeita de Imbaú, Dayane Sovinski, o presidente da Associação dos Municípios do Paraná (AMP) e prefeito de Assis Chateaubriand, Marcel Micheletto, entregou nesta semana um ofício à Confederação Nacional de Municípios (CNM) solicitando apoio diante da crise gerada pela tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros.
A entrega ocorreu no mesmo dia em que prefeitos e prefeitas da região também participaram de reunião com o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, para tratar do tema. O documento, assinado em conjunto pelas duas entidades paranaenses, detalha os efeitos já sentidos pelo setor madeireiro e pede atuação urgente para reduzir os impactos econômicos e sociais no estado.
AMCG EAMP PEDEM UNIÃO - Marcel Micheletto destacou a importância do documento. “O Paraná é um dos Estados mais pujantes do Brasil. Tanto que as exportações do Estado alcançaram US$ 2,27 bilhões em agosto de 2025, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (IPARDES). O volume é o maior registrado pelo Estado no ano e representa um crescimento de 10,4% em relação a julho de 2025, quando foram exportados US$ 2,06 bilhões em produtos. Mesmo assim, o tarifaço causou prejuízos aos municípios, que precisamos reverter. É este o nosso objetivo, com este documento”, avaliou.
Dayane Sovinski reforçou a gravidade do cenário e a necessidade de união institucional. “Estamos diante de um impacto devastador para nossas cidades. São vários empregos em risco e uma queda brusca na arrecadação dos municípios. O ofício que entregamos à CNM reúne o clamor de toda a região por medidas concretas e urgentes. Precisamos da união do Governo Federal, do Congresso e das entidades representativas para que nossas indústrias tenham condições de competir e nossas famílias não fiquem desamparadas”, afirmou.
ALGUMAS SOLICITAÇÕES APRESENTADAS - Abertura de canais de negociação com o governo americano, buscando redução ou exclusão das tarifas;
- Atuação conjunta dos governos estadual e federal para garantir a sobrevivência das empresas exportadoras e a manutenção dos empregos;
- Inclusão dos produtos de madeira do Brasil na lista de exceções da ordem executiva americana, ou retorno à taxa de 10% vigente anteriormente;
- Criação de mecanismos emergenciais de preservação da empregabilidade, semelhantes aos adotados durante a pandemia.
Informações: AMCG.