Primeira versão do traçado consolidado dos Caminhos do Peabiru é apresentada
Ao todo, 97 municípios participam do Caminhos do Peabiru e cada um deles fará consulta pública, entre os dias 20 e 30 de novembro, para aprovação e coleta de sugestões
Publicado: 17/10/2025, 00:30

A primeira versão do traçado consolidado da Rota Turística Caminhos dos Peabiru foi apresentada nesta quinta-feira (16) aos representantes das Secretarias de Estado do Planejamento e do Turismo e aos gestores municipais envolvidos. A reunião contou com 112 participantes em modalidade online.
O traçado unificado, denominado Eixo Tronco Versão 1, servirá como base para os municípios realizarem consultas públicas para discutir o caminho. As colaborações recolhidas nas consultas e um parecer do grupo de trabalho local serão enviados para o Estado para análise. As contribuições vindas dos municípios servirão para a criação das redes de trilhas locais e complementares, conectadas à rota estadual.
“O projeto representa uma contribuição inestimável para o Paraná. É um movimento estratégico que, ao valorizar a rica ancestralidade e a cultura indígena paranaense, promove a manutenção viva de nossa história”, disse o secretário do Planejamento, Ulisses Maia. “Com a participação integrada dos municípios, o Peabiru se consolida como um vetor de desenvolvimento local, impulsionando o turismo cultural e histórico, e levando educação e cultura a todas as comunidades envolvidas”.
Ao todo, 97 municípios participam do Caminhos do Peabiru e cada um deles fará consulta pública, entre os dias 20 e 30 de novembro, para aprovação e coleta de sugestões. Os relatórios com as contribuições serão entregues ao Estado até 7 de novembro.
“O Caminhos do Peabiru é mais do que um roteiro turístico: é um resgate vivo da nossa história e da identidade dos povos que formaram o Paraná. A consolidação desse traçado simboliza a união entre passado e futuro: preservamos a memória e a ancestralidade e abrimos caminhos para o desenvolvimento sustentável, com geração de renda e fortalecimento das comunidades locais”, afirmou o secretário estadual do Turismo, Leonaldo Paranhos.
A primeira versão do Eixo Tronco foi definida através de reuniões técnicas do Governo do Estado com a equipe da consultoria Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Científico (Fadec), ligada à Universidade Estadual de Maringá (UEM). Participaram representantes das secretarias de Estado do Turismo e Planejamento, o Serviço Social Autônomo Paraná Projetos, Instituto Água e Terra (IAT), Conselho do Patrimônio Cultural, Museu Paranaense e a Associação Rede Brasileira de Trilhas.

PARTICIPAÇÃO SOCIAL – A construção do traçado é um processo participativo e coletivo. Trata-se de uma proposta elaborada em oficinas valorizando os municípios que encaminharam relatórios técnicos das reuniões participativas, evidenciando o processo de construção coletiva. Isto se deu para reforçar a legitimidade social e territorial da rota e o protagonismo das comunidades envolvidas.
Nos próximos dias, os municípios envolvidos marcarão suas consultas públicas.
TRECHOS – O Caminhos do Peabiru forma uma rede de trilhas ancestrais que datam de mais de 3 mil anos. Essas trilhas conectam o Oceano Atlântico ao Pacífico, passando pelo Brasil, Paraguai e Bolívia, chegando até o Peru. No território nacional, percorre o litoral de Santa Catarina e São Paulo e corta o Paraná de Leste a Oeste. Originalmente, foi usado para a expansão de territórios, trocas de mercadorias e, também, em rituais religiosos.
O traçado do projeto conta com trilhas de longo curso, trechos aquáticos, montanhismo e caminhadas.
BIODIVERSIDADE – O traçado busca favorecer a conexão entre unidades de conservação, áreas naturais e demais espaços de interesse ambiental, promovendo a integração ecológica e contribuindo para a manutenção dos corredores de biodiversidade.
GERAÇÃO DE RENDA – Para a construção da Rota, a equipe do projeto buscou valorizar os trechos com maior potencial de dinamização econômica local, especialmente aqueles que favorecem a oferta de serviços turísticos, produtos regionais e oportunidades de emprego e renda para as comunidades envolvidas.
Com informações: AEN.