Entenda o que é o "Jogo do Tigrinho" que levou influenciadores à prisão | aRede
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Entenda o que é o "Jogo do Tigrinho" que levou influenciadores à prisão

A promoção do jogo feita por influenciadores chamou a atenção de autoridades policiais no Brasil

A experiência é integrada a sites de apostas e exige que o usuário gaste um valor inicial para jogar e concorrer a bônus que multiplicam o dinheiro
A experiência é integrada a sites de apostas e exige que o usuário gaste um valor inicial para jogar e concorrer a bônus que multiplicam o dinheiro -

Da Redação

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Você provavelmente já deve ter visto alguém promovendo o “Jogo do Tigrinho” nas redes sociais. Os influenciadores costumam abordar a facilidade de ganhar dinheiro rápido na plataforma e convidam novas pessoas para o cadastro, mas o jogo promete muito e entrega pouco na maior parte das vezes - a fama, inclusive, rendeu investigações policiais e levou a prisão de influenciadores no Paraná.

O JOGO - “Jogo do tigrinho" ou "jogo do tigre" são apelidos do game de caça-níqueis Fortune Tiger, desenvolvido pela empresa PG Soft. A experiência é integrada a sites de apostas e exige que o usuário gaste um valor inicial para jogar e concorrer a bônus que multiplicam o dinheiro.

Para ganhar o prêmio, é necessário formar uma linha horizontal ou diagonal com três figuras idênticas. Algumas empresas que disponibilizam o game revelam que é possível ter ganhos máximos de até 2.500 vezes o valor original apostado, mas a situação é rara e não é possível confirmar a veracidade.

Por outro lado, influenciadores usam o caça-níqueis para promover uma vida de luxo: perfis no Instagram, TikTok e YouTube postam vídeos com dinheiro vivo, carro importado e outros bens conquistados graças aos jogo. É comum ver publicações nos quais essas pessoas mostram ganhar milhares de reais numa só jogatina e incentivam seguidores a fazerem o mesmo.

INVESTIGAÇÃO - A promoção do jogo feita por influenciadores chamou a atenção de autoridades policiais no Brasil. A investigação resultou em quatro prisões no estado do Paraná: o grupo de pessoas era pago pelos sites para divulgar o jogo do tigre nas redes sociais e os pagamentos variavam entre R$ 5 mil e R$ 15 mil por semana.

Estima-se que cada influenciador ganhava entre R$ 10 e R$ 30 por cada cadastro. O problema é que as pessoas não ganhavam o mesmo dinheiro e eram vítimas de um prejuízo financeiro influenciadas principalmente pelo conteúdo exibido nas redes. O grupo ficou preso entre 19 e 29 de novembro de 2023 — na ocasião, a defesa alegou que eles não tinham controle sobre a plataforma do jogo.

ILEGALIDADE - A atividade é considerada um jogo de azar, proibido pela legislação brasileira. O serviço não é regulamentado no país e normalmente é distribuído em outras regiões nas quais há alguma legislação favorável — a desenvolvedora do jogo, PG Soft, é sediada em Malta, enquanto algumas operadoras de apostas são sediadas em Malta e Curaçao.

“O 'Jogo do Tigre' é reconhecido como jogo de azar porque o resultado está preponderantemente ou unicamente consubstanciado na sorte, em um evento decorrente da sorte e, tecnicamente, um evento aleatório simulado ou emulado, em que, dentro de um conjunto de possibilidades, se alcança uma possibilidade a partir de uma aleatoriedade programada”, esclarece o advogado Filipe Senna, sócio do Jantalia Advogados e especialista em Direito de Jogos.

Com informações: Canal Tech.

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