Eclipse solar acontece nesta quarta; veja como está o clima no PR

Um eclipse anular solar que poderá ser visto de toda a região sul do Brasil, acontece nesta quarta-feira (2). Mas, mais uma vez, o Paraná pode ficar sem ver um fenômeno raro dos astros no universo por conta de uma frente fria que traz instabilidade para todo o estado. Conforme apontou o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), o clima não irá colaborar com os paranaenses para a visualização de um dos maiores espetáculos da natureza.

O fenômeno ocorre quando a Lua se alinha entre a Terra e o Sol, o que faz com que a sombra da Lua não cubra totalmente o Sol, mesmo o satélite estando muito mais próximo da Terra do que o Sol, o que faz aparecer o chamado “anel de fogo” no céu.

Samuel Braun, meteorologista do Simepar, comentou que o avanço de um sistema frontal deve provocar chuva em boa parte do estado logo nas primeiras horas do dia no Paraná.

"Durante a manhã, nós teremos chuvas em parte do oeste e sudoeste. Ao longo do dia, o tempo deve continuar instável nesses setores, mas também no centro-sul, campos gerais e o leste do Paraná", Samuel Braun, meteorologista do Simepar.

Enquanto a metade sul poderá ter chuvas e nebulosidade, a área norte do Paraná deverá sofrer com a fumaça das queimadas que atingem o norte do Brasil.

"Mesmo na região norte, onde as pancadas de chuva devem ocorrer de forma localizada, nós devemos ter a presença da fumaça que está vindo do Norte do Brasil. Uma situação que também não favorece a visibilidade do fenômeno aqui no Paraná", Samuel Braun, meteorologista do Simepar.

Eclipse solar desta quarta-feira - Reportagem da Agência Brasil explica que o eclipse será visto como anular em uma estreita faixa que passa pelo Oceano Pacífico, Oceano Atlântico e no extremo sul da América do Sul, incluindo Chile e Argentina.

De acordo com a astrônoma do Observatório Nacional (ON), Josina Nascimento “quanto mais ao sul maior será a área eclipsada”.

"Esse tipo de eclipse ocorre quando a Lua está em seu apogeu, o ponto mais distante de sua órbita da Terra, ou próxima deste ponto, fazendo com que pareça menor do que o Sol no céu. A frequência com que os eclipses do Sol ocorrem é em média 2 vezes por ano, podendo ser somente parciais, anulares ou totais. O último eclipse anular do Sol ocorreu em 14 de outubro de 2023 e foi visto em uma parte do Brasil", Josina Nascimento, astrônoma.

Tanto no eclipse total, quanto no anular, a lua se alinha entre a Terra e o sol, bloqueando toda ou a maior parte da luz do sol em uma parte da superfície da Terra. A sombra mais escura, onde toda a luz solar é bloqueada, é chamada umbra. Em torno da umbra se define a sombra mais clara, a penumbra, onde a luz solar é parcialmente bloqueada e o eclipse é visto como parcial.

Orientações - Para aqueles que pretendem observar o eclipse, é importante estar em um local com vista desimpedida para o oeste, uma vez que o evento ocorrerá próximo ao pôr do sol. No Rio de Janeiro, por exemplo, o eclipse parcial começará às 17h01, atingirá seu máximo às 17h42, e o Sol se porá às 17h52. Josina Nascimento alerta para os cuidados necessários para observar o fenômeno.

"Em hipótese alguma, olhe diretamente para o Sol sem proteção adequada. Óculos escuros, chapas de raio-x ou outros filtros caseiros não protegem contra os danos. É essencial utilizar filtros certificados, como os óculos especiais para observação solar ou vidros de soldador 14", Josina Nascimento, astrônoma.

Informações: Banda B