Novo papa: Prevost revela motivo da escolha do nome 'Leão XIV'
Em discurso aos cardeais durante audiência na manhã deste sábado (10) no Vaticano, o papa Robert Prevost revelou a homenagem
Publicado: 10/05/2025, 17:50

Robert Prevost explicou o porquê da escolha do nome Leão XIV para o papado. A revelação ocorreu durante discurso aos cardeais em audiência na manhã deste sábado (10), no Vaticano. Trata-se, sobretudo, de uma homenagem ao último papa do nome, lembrado pela preocupação com as questões sociais.
"Na verdade, são várias as razões, mas a principal é porque o papa Leão XIII, com a histórica encíclica 'Rerum novarum', abordou a questão social no contexto da primeira grande Revolução Industrial; e, hoje, a Igreja oferece a todos a riqueza de sua doutrina social para responder a outra revolução industrial e aos desenvolvimentos da inteligência artificial, que trazem novos desafios para a defesa da dignidade humana, da justiça e do trabalho", afirmou.
QUEM FOI LEÃO XIII? - O italiano Gioacchino Vincenzo Raffaele Luigi Pecci, Papa Leão XIII, que viveu entre 1810 e 1903, marcou época ao iniciar a tradição da moderna doutrina social da Igreja. Num momento de intensa industrialização e urbanização, ele buscou se distanciar do socialismo revolucionário, defendendo a livre iniciativa e a propriedade privada. Mas também se colocou ao lado dos trabalhadores, exigindo que tivessem salários justos, boas condições de trabalho e direito à formação de sindicatos.
A grande maioria dos antecessores de Robert Prevost que escolheram o nome tiveram carreiras discretas, mas há exceções importantes. Na Idade Média, por exemplo, Leão 3º (papa do ano 795 a 816) coroou como imperador o rei dos francos, Carlos Magno, dando origem a um novo império cristão na Europa Ocidental.
E o primeiro bispo de Roma com o nome, Leão, o Grande (papa de 440 a 461), teve papel de destaque tanto na arena teológica quanto na política. Convenceu o chefe bárbaro Átila a poupar a Itália de suas depredações e teve seus argumentos sobre a natureza divina e humana de Jesus aceitos pela maioria dos fiéis durante o concílio de Calcedônia, que ajudou a definir os dogmas ainda hoje seguidos pelos católicos.
As informações são do Estado de Minas