Agente da PF suspeito de trama golpista: 'Íamos matar meio mundo'

A Polícia Federal (PF) localizou áudios comprometedores do agente federal Wladimir Soares, denunciado por envolvimento em um suposto plano de golpe de Estado em 2022. Nas mensagens, o policial afirma que fazia parte de um grupo armado criado com o objetivo de defender o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), mesmo com o uso da força. Ele chegou a declarar que estavam dispostos a “matar meio mundo de gente”.

Em um dos trechos gravados, Soares deixa clara a intenção violenta do grupo. “A gente ia com muita vontade, íamos empurrar meio mundo de gente, íamos matar meio mundo de gente, não estava nem aí mais”, afirma o agente nos áudios obtidos pela investigação.

De acordo com a PF, Wladimir teria atuado de forma infiltrada na equipe de segurança do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com o objetivo de repassar informações estratégicas aos aliados de Bolsonaro. As investigações apontam que Soares fazia parte de um plano ainda mais grave, que incluía o assassinato de Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

O agente foi preso em novembro do ano passado. Segundo os investigadores, ele forneceu detalhes sobre a estrutura de segurança de Lula, reforçando as suspeitas de que integrava uma organização que pretendia impedir a posse presidencial em 2023.

Em outro áudio, Soares descreve o grupo como parte de uma força de “operações especiais”, fortemente armada. “Fazemos parte de uma equipe de operações especiais que estava pronta para defender o presidente armado e com o poder de fogo elevado para empurrar quem viesse à frente. Estávamos prontos”, relatou.

A Polícia Federal segue com as investigações para apurar todos os envolvidos e o alcance do plano.

GOLPE DE ESTADO - Também foi revelado nesta quinta-feira (15), que os supostos envolvidos em uma trama golpista "esperavam só o ok do presidente (Bolsonaro)" para realizar o ato. Leia a notícia publicada pelo Portal aRede clicando aqui.

Com informações: CNN Brasil.