Homem fica tetraplégico após golpe mal feito em aula de jiu-jítsu; entenda
Jack Greener, aluno faixa-branca de jiu-jitsu, ficou tetraplégico após golpe sofrido pelo professor faixa preta
Publicado: 06/06/2025, 23:55

Um aluno iniciante de jiu-jítsu nos Estados Unidos obteve uma indenização de US$ 56 milhões (cerca de R$ 313 milhões) após ficar tetraplégico devido a um golpe aplicado por um instrutor faixa-preta conhecido como "Sinistro". O incidente ocorreu em 2018, poucas semanas antes de a vítima se formar na faculdade, em San Diego, na Califórnia.
Jack Greener, de 30 anos, era um praticante de faixa-branca quando sofreu uma grave lesão durante um treino com o professor Francisco Iturralde, de 33 anos. Segundo as investigações, Iturralde utilizou uma técnica que mal elaborada, causou paralisia instantânea. Imagens do treino mostram o momento em que o instrutor vira o aluno de frente e torce o pescoço dele com força.
"O instrutor faixa-preta aplicou uma técnica que colocou todo o peso do seu corpo no pescoço de Greener, fazendo com que ele caísse instantaneamente mole e perdesse toda a função dos membros", afirmou Rener Gracie, brasileiro e especialista de jiu-jítsu chamado como testemunha no julgamento, segundo o New York Post.
Após o acidente, Jack foi hospitalizado por meses e sofreu diversos acidentes em decorrência dos ferimentos. Ele processou a academia Del Mar Jiu Jitsu, alegando que o instrutor agiu de forma imprudente. Segundo a defesa, Iturralde era conhecido por seu "estilo de luta dinâmica e dinâmica".
DECISÃO NA JUSTIÇA - Na decisão do júri, Greener teve inicialmente o direito a US$ 46 milhões (cerca de R$ 257 milhões). A academia recorreu à Suprema Corte da Califórnia, que manteve a sentença, assim como um tribunal de apelação estadual. Com juros e atualizações, o valor subiu para US$ 56 milhões.
"A decisão final do tribunal de apelação consolida uma vitória jurídica crítica não apenas para nosso cliente, mas também para atletas lesionados em toda a Califórnia", declarou o advogado Rahul Ravipudi, "ao reafirmar que instrutores e instalações esportivas podem ser responsabilizados quando aumentam irracionalmente os riscos além dessas características ao esporte".
Com informações: Terra.