Influenciadora sofre tentativa de assassinato do próprio irmão

A influenciadora Laura Sabino, de 25 anos, conhecida nas redes sociais por publicar conteúdos sobre marxismo e críticos ao capitalismo, sofreu uma tentativa de assassinato do seu próprio irmão, em Belo Horizonte, Minas Gerais. O caso foi revelado pela jornalista Amanda Audi, do portal "Agência Pública", nesta quinta-feira (12), e confirmado pela vítima em publicações nas redes sociais.

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Uma publicação compartilhada por Laura Sabino (@mylaura_m)

Segundo Laura, que tem mais de 350 mil seguidores no Instagram, o crime aconteceu no último dia 14 de março. Ela afirmou que estava em casa, esperando o seu pai voltar de uma viagem de pós-doutorado em Portugal, quando foi surpreendida pelo agressor, que pulou o muro da residência e a esfaqueou diversas vezes.

"Não vou entrar em detalhes, porque nem gostaria que isso se tornasse público, mas consegui resistir, as facadas foram todas superficiais porque eu já tinha escondido as facas da casa, justamente com medo dessa pessoa fazer alguma coisa. O fato é que eu consegui fugir, dentro do possível", disse, em vídeo publicado no seu canal do YouTube.

"Pensei que ia morrer. Sentia meu corpo ficando mais fraco. Esse episódio aconteceu em uns 20 minutos, mais ou menos, mas na minha cabeça foram duas horas", disse. Foi quando ela sentiu o homem colocando álcool em gel em sua perna e o viu indo pegar um fósforo em sua mochila, com o objetivo de matá-la queimada. Nessa hora, Laura conseguiu pegar o seu celular e saiu correndo de casa.

O criminoso foi preso em flagrante, com pena convertida para preventiva. Ele segue preso em Belo Horizonte, enquanto aguarda julgamento.

MOTIVAÇÃO - De acordo com a matéria, Sabino é atacada há tempos na internet por seus posicionamentos políticos e, nesse contexto, passou a ser constrangida pelo irmão, que a pedido da família, não teve a identidade divulgada. Áudios apontam que ele telefonava à irmã várias vezes por dia e enviava mensagens com xingamentos e ameaças.

Então, ela pediu uma medida protetiva contra o homem com base na Lei Maria da Penha, autorizada em 10 de março, cinco dias antes do ataque. A Justiça o notificou apenas dias depois do crime.

Conforme o texto, a família diz não saber ao certo o que levou o irmão a agredir Laura. A influenciadora sugere que ele estava apresentando piora na saúde mental e que os episódios violentos se agravaram quando o homem se mudou da casa da mãe, levando-o a interromper o tratamento psiquiátrico que fazia, e após o pai viajar para fazer o pós-doutorado.

Já o autor do crime explicou as suas intenções no boletim de ocorrência. "Ele pulou a janela e foi para matá-la e posteriormente cometer autoextermínio, utilizando álcool e fogo. Ele alega que queria fazer isso para atingir o pai e deixá-lo com remorso, pois alega que o pai tem o hábito de tomar o seu dinheiro", aponta o documento.

No entanto, áudios apontam que o agressor não queria trabalhar e esperava ter acesso ao dinheiro do pai. A Defensoria Pública de Minas Gerais informou que ainda não houve designação de um defensor para o caso.

'Estou bem' - Em sua postagem nas redes sociais, Laura afirmou que se recuperou do episódio. Hoje estou bem, segura, trabalhando, estudando e criando. "Tenho ao meu lado quem me fortalece; meu pai, minha família, meu companheiro, meus amigos dentro e fora da militância. Estou cercada de pessoas que admiro e, pela primeira vez em muito tempo, tenho conseguindo me dedicar ao que me faz bem", escreveu.

Com informações de: O Dia.