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Filha que recebeu coração da mãe em sacola teme assassino solto

Lumar foi liberado nessa segunda-feira (23), após ser buscado pelo pai. Ele deverá cumprir medida de segurança ambulatorial em Campinas (SP)

Lumar Costa da Silva matou sua tia durante um surto psicótico em 2019
Lumar Costa da Silva matou sua tia durante um surto psicótico em 2019 -

Publicado por Lucas Ribeiro

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A decisão da Justiça de Mato Grosso que autorizou a soltura de Lumar Costa da Silva (foto em destaque), de 34 anos, gerou revolta e medo à família da vítima. Em 2019, sob efeito de drogas e em surto psicótico, Lumar matou brutalmente sua tia Maria Zélia da Silva Cosmo, de 55 anos, em Sorriso (MT), arrancou o coração da vítima e levou o órgão até a casa da prima, filha de Maria. Ele ainda roubou o carro da mulher e tentou sequestrar sua filha, uma menina de apenas sete anos.

Na última sexta-feira (20/6), a Justiça autorizou a desinternação do agressor, que fazia tratamento no Hospital Psiquiátrico Adauto Botelho, em Cuiabá. Lumar foi liberado nessa segunda-feira (23), após ser buscado pelo pai. Ele deverá cumprir medida de segurança ambulatorial em Campinas (SP), onde fará tratamento no Caps local.

A notícia da soltura foi recebida com desespero por Patrícia Cosmo, filha da vítima. Em entrevista à Rádio Capital FM, ela descreveu a angústia que voltou a sentir ao saber que o homem que destruiu sua família está novamente em liberdade. “É medo, né? Infelizmente, a gente fica com medo. A gente tem temor. Eu não sei nem como eu vou fazer para fugir disso. Ainda tô processando.”

Ela contou que não consegue mais dormir, que os filhos estão assustados e que a rotina da casa foi transformada em pânico. “Vai ser agora um momento de terror, de pressão psicológica. Acabou a nossa paz”, disse.

Patrícia relembrou o horror vivido no dia 2 de julho de 2019, quando sua mãe foi assassinada a facadas por Lumar. “Ele não só tirou a vida dela. Ele destruiu tudo. Minha mãe acolheu ele, e ele retribuiu com ódio, violência e uma crueldade que eu nunca vou esquecer.”

Lumar, que à época estava em surto e sob efeito de entorpecentes, alegou que não sabia o que estava fazendo. Após o crime, foi internado e passou a cumprir medida de segurança em hospital psiquiátrico. Com a alta médica e a nova decisão judicial, seguirá tratamento de forma ambulatorial e sob responsabilidade do pai, nomeado curador.

A Justiça determinou, entre as condições, que Lumar não poderá sair da comarca de Campinas sem autorização judicial, nem frequentar locais inapropriados ou consumir substâncias psicoativas. Ao final de um ano, será feita nova perícia para avaliar sua periculosidade.

Apesar das condições impostas, Patrícia não se sente segura. “Peço para Deus e para as pessoas que tenham compaixão da minha vida, da minha família. Que orem por nós. Só Deus pra me dar força. Só estou aqui porque Ele me sustentou desde aquele dia terrível. Confio que Ele ainda vai nos proteger.”

Com informações: Metrópoles.

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