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Agro avança 10% em um ano e sustenta PIB, apesar de queda trimestral

Produção recorde de grãos segurou o agro em alta na comparação com segundo trimestre de 2024, mas ritmo perdeu força no trimestre

PIB brasileiro avançou em 0,4% no segundo trimestre de 2025.
PIB brasileiro avançou em 0,4% no segundo trimestre de 2025. -

Publicado por Lilian Magalhães

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Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro avançou 0,4% no segundo trimestre de 2025 em relação aos três primeiros meses do ano, segundo dados divulgados nessa terça-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado, embora positivo, representa desaceleração frente ao crescimento de 1,3% registrado no primeiro trimestre.

Com esse desempenho, a economia nacional atingiu o maior patamar da série histórica iniciada em 1996, movimentando R$ 3,2 trilhões no período. Na comparação com o mesmo trimestre de 2024, a alta foi de 2,2%. No acumulado do semestre e dos últimos quatro trimestres, o crescimento ficou em 2,5% e 3,2%, respectivamente.

FORÇA - desempenho do PIB mostrou contrastes relevantes para o campo. Pelo lado da oferta, os serviços (0,6%) e a indústria (0,5%) compensaram o recuo da agropecuária, que caiu 0,1% frente ao trimestre anterior. Já na comparação anual, o agro foi protagonista: cresceu 10,1% em relação ao segundo trimestre de 2024, puxado por ganhos de produtividade e pelo avanço das principais lavouras.

IBGE projeta safra recorde para 2025, com destaque para soja e milho, cujas produções devem subir 14,2% e 19,9%, respectivamente, em relação ao ano passado. Também contribuíram arroz (17,7%), algodão (7,1%) e café (0,8%).  “O crescimento interanual do primeiro trimestre já foi significativo. O clima favorável explica as estimativas recordes para a safra de milho e de soja, que puxam esses bons resultados da agropecuária”, avaliou Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.

JUROS - Segundo o IBGE, a política monetária restritiva explica a perda de fôlego do PIB. Com a taxa Selic em 15% ao ano, maior nível desde 2006, setores dependentes de crédito, como a indústria de transformação e a construção civil, foram os mais afetados. Os investimentos recuaram 2,2% no trimestre.

“As atividades indústrias de transformação e construção, que dependem de crédito, são mais afetadas nesse cenário”, disse Rebeca, acrescentando que a queda na produção de bens de capital também reflete o ambiente de juros altos. O consumo das famílias cresceu 0,5%, alcançando recorde histórico, enquanto o consumo do governo caiu 0,6%.

No setor de serviços, houve alta disseminada, puxada por atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados, além de informação e comunicação — impulsionados pelo desenvolvimento de software — e transporte, com destaque para o aumento no fluxo de passageiros.

EXPECTATIVAS - Apesar da desaceleração, a perspectiva para o ano segue positiva. O Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central na segunda-feira (1º), projeta crescimento de 2,19% para o PIB de 2025. Já a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda estima avanço de 2,5%.

Em 2024, a economia brasileira fechou com alta de 3,4%, o quarto ano seguido de expansão, sendo a maior desde 2021 (4,8%).

Com informações de: Agrofy News.

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