'Tem cerveja e picanha': as brigas do condomínio de Bolsonaro no WhatsApp | aRede
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'Tem cerveja e picanha': as brigas do condomínio de Bolsonaro no WhatsApp

Moradores se dividiram sobre ambulantes na porta do condomínio e possíveis manifestações, a favor do ex-presidente Jair Bolsonaro

Moradores do condomínio de Jair Bolsonaro discutiram o julgamento da trama golpista em grupo do WhatsApp
Moradores do condomínio de Jair Bolsonaro discutiram o julgamento da trama golpista em grupo do WhatsApp -

Publicado por Lilian Magalhães

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Após o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ser condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento da trama golpista, que pretendia manter o ex-mandatário no poder e impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente, em 2022, o grupo de WhatsApp do condomínio onde Bolsonaro ferveu de discussões.

O Metrópoles teve acesso a mensagens de vizinhos que se dividiram sobre assuntos relacionados a possíveis manifestações a favor do ex-presidente.

Tudo começou com o alerta de uma moradora, sobre a presença de ambulantes próximo ao condomínio, vendendo itens com a “logomarca” Bolsonaro. Ela questiona se alguém está sabendo de alguma manifestação marcada para os próximos dias. Em seguida outro morador reforça a reclamação. “A entrada do nosso condomínio está com uma aparência desagradável e desorganizada. Sugiro que a administração intervenha”, comenta.

Só que outros moradores levaram o “problema” de maneira mais leve. “Virou Copa do Mundo”, diz um deles. “A final da ‘Copa’ é amanhã! Já comprei a cerveja e a picanha”, responde outro morador do condomínio, fazendo menção à possibilidade de Bolsonaro deixar a prisão domiciliar e ir para um presídio, cumprir os 27 anos da pena que lhe foi imposta pelo STF – 24 deles em regime fechado.

Em seguida, outro morador, que parece ser o administrador do grupo, retruca a mensagem. “Pessoal, por favor. Não comecemos”, alerta.

CHURRASCO - Na noite dessa sexta, um churrasco, organizado por uma moradora do condomínio onde vive o ex-presidente, aconteceu noite adentro. A celebração ocorreu um dia depois de o ex-mandatário ter sido condenado pelos crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

O grupo de opositores do ex-presidente se reuniu no condomínio, com músicas, bebidas e churrasco. A organizadora do evento, que não quis se identificar, recebeu a reportagem no local e comentou sobre a iniciativa, feita de forma pacífica no quintal da própria casa. “Estamos comemorando a favor da democracia. É um sentimento de alívio”, disse.

Na festa, decorações com bordados e mensagens de resistência foram penduradas. “A Linhas da Resistência, que é um grupo que borda temas ligados a direitos humanos, defesa da democracia, do meio ambiente e da comunidade LGBT, veio para decorar a festa. Isso começou em 2022, na campanha eleitoral. É exatamente para criar uma mobilização e uma sensibilização para que a gente não reelegesse o Bolsonaro”, afirmou Helena Silva, funcionária pública aposentada.

VIGÍLIA - Também na noite de sexta, mais uma vez, um grupo de apoiadores se reuniu em uma vigília, nas proximidades do condomínio de Bolsonaro. Nas vigílias pró-Bolsonaro, usualmente, homens e mulheres chegam vestidos com roupas nas cores verde e amarela, com bandeiras dos Estados Unidos e Israel. Durante as reuniões, os participantes, muito emocionados, oram e cantam louvores pela anistia do ex-presidente.

CONDENAÇÃO - A Primeira Turma do STF fechou, nessa quinta-feira (11), em 4 x 1, o julgamento da trama golpista, condenando o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados dele por crimes como organização criminosa e golpe de Estado.

É a primeira vez que um ex-presidente do Brasil é condenado por crimes contra a democracia. Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão pela trama golpista.

Com informações de: Metrópoles.

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