Jovem confessa matar padre com marreta e revela detalhes do latrocínio no MS | aRede
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Jovem confessa matar padre com marreta e revela detalhes do latrocínio no MS

Após ser roubado, o religioso sofreu golpes de faca no pescoço e marteladas na cabeça

Leanderson de Oliveira Junior, de 18 anos, e padre Alexsandro da Silva Lima
Leanderson de Oliveira Junior, de 18 anos, e padre Alexsandro da Silva Lima -

Publicado por João Victor Lourenço

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Leanderson de Oliveira Junior, de 18 anos, preso como principal suspeito pela morte de Alexsandro da Silva Lima, confessou à Polícia Civil, durante depoimento, que assassinou o padre com golpes de marreta e faca em Dourados (MS), na noite de sexta-feira (14). Segundo o acusado, o religioso foi atacado durante um assalto, após ser surpreendido dentro do próprio veículo.

As investigações apontam que ele contou com a ajuda de um adolescente de 17 anos. Juntos, planejavam furtar o carro do padre e levá-lo ao Paraguai para vendê-lo por R$ 40 mil.

O adolescente também demonstrou interesse em ficar com a casa da vítima após o assassinato, dizendo que pretendia utilizá-la para festas e eventos.

Leanderson relatou que o colega prestou auxílio material na execução, embora tenha chegado ao local quando o padre já havia sido golpeado na cabeça com a marreta.

Em depoimento, o jovem admitiu ter atingido a vítima na cabeça e, ao perceber que ela ainda respirava, usado uma faca para desferir novos golpes, inclusive no pescoço. Ele também afirmou estar sob efeito de bebida alcoólica durante o ataque.

Depois das agressões, o corpo do padre foi levado para uma área de mata no Distrito Industrial, onde foi abandonado. O local só foi encontrado porque o próprio autor indicou o ponto exato aos investigadores.

Corpo da vítima foi encontrado enrolado em tapete ao lado de mata
Corpo da vítima foi encontrado enrolado em tapete ao lado de mata |  Foto: Divulgação/Leandro Holsbach
  

O laudo pericial confirmou que as lesões eram compatíveis com os instrumentos utilizados, corroborando a dinâmica descrita na confissão.

O acusado ainda afirmou ter contado com a ajuda da namorada, de 16 anos, e de mais dois amigos, João Victor Martins, de 18 anos e a namorada de 17 anos, para limpar o local do crime com o objetivo de prejudicar a perícia. O grupo também participou da ocultação do corpo em uma região distante da cidade.

Aproveitando-se da situação, dois dos adolescentes furtaram diversos objetos da residência da vítima. Entre os itens estavam utensílios domésticos, peças de cozinha e outros materiais que, posteriormente, foram encontrados nas casas onde os jovens se esconderam.

Entre eles havia ventilador, chaleira elétrica, jogo de jantar, formas de vidro, garrafa térmica, petisqueira, pratos, equipamentos de cozinha e até uma cuia e bomba de chimarrão com gravação dedicada ao padre.

Também foram levados talheres, xícaras, airfryer, vinho e até um botijão de gás, que chegou a ser vendido. O veículo do padre, que motivou o latrocínio, foi recuperado pela polícia.

A investigação começou quando o celular da vítima foi localizado por um adolescente, que acionou a polícia.

As equipes passaram a vasculhar a região e encontraram o carro do religioso em circulação com quatro jovens. Dentro do veículo havia diversos objetos pessoais do padre, incluindo itens retirados da casa.

O grupo admitiu ter circulado com o carro e levado pertences do sacerdote, embora apenas um deles tenha assumido a autoria da violência que resultou na morte.

Todos foram levados para a delegacia. Os dois maiores de idade foram presos em flagrante, e as prisões convertidas em preventivas. O autor direto do homicídio, Leanderson Junior, permanece recolhido na Primeira Delegacia de Polícia de Dourados.

João Victor Martins, apontado por auxiliar na limpeza do local e na ocultação do corpo, além de participar dos furtos, será encaminhado à Segunda Delegacia.

Os três adolescentes foram apreendidos em flagrante e conduzidos à Unei de Dourados, em razão da gravidade do ato infracional e da repercussão social.

A Polícia Civil concluiu que o caso se trata de latrocínio, seguido de ocultação de cadáver, fraude processual destinada a dificultar a perícia e furto qualificado cometido após a morte da vítima.

As informações são do Portal Primeira Página

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