Demogorgon da vida real? Criatura marinha rara com sete braços é encontrada na Escócia | aRede
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Demogorgon da vida real? Criatura marinha rara com sete braços é encontrada na Escócia

A criatura vive em águas muito profundas e praticamente não aparece em regiões costeiras

A espécie é conhecida como Haliphron atlanticus
A espécie é conhecida como Haliphron atlanticus -

Publicado por Lucas Veloso

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Um polvo das profundezas, raríssimo e pouco documentado, apareceu partido em vários fragmentos em uma praia de Aberdeenshire, na Escócia.

O achado mobilizou biólogos marinhos e institutos especializados, que confirmaram se tratar de um polvo-de-sete-braços, espécie conhecida como Haliphron atlanticus. A criatura vive em águas muito profundas e praticamente não aparece em regiões costeiras. Por isso, a descoberta foi classificada como excepcional por especialistas britânicos.

“Os polvos-de-sete-braços, também conhecidos como polvos-bolha ou septópodes, estão entre as maiores espécies de polvo do planeta, capazes de atingir um comprimento máximo de cerca de 3,4 metros. Apesar do nome, esses polvos realmente têm oito braços. Mas os machos são conhecidos por esconder seu hectocótilo, um braço especializado usado para fertilizar os ovos, em uma bolsa abaixo do olho direito, o que deu origem ao nome”, disse Harry Baker, biólogo e jornalista, em artigo publicado no Live Science.

A fêmea encontrada na Escócia impressionou pelo tamanho dos fragmentos e pelo estado dos tentáculos. As investigações continuam.

O caso começou quando um morador encontrou braços espalhados pela areia, no fim de novembro, e alertou a equipe da Forvie National Nature Reserve. “Estas eram algo que claramente não tínhamos visto antes, com diâmetro grande e ventosas enormes, muito maiores do que as do polvo enrolado comum”, contou a gerente da reserva, Catriona Reid, à BBC.

Equipe cogitou a possibilidade de ser uma lula gigante, já registrada na região em 1998. A hipótese foi descartada após a análise das ventosas, que não tinham dentes.

Com apoio de universidades e museus, o material foi confirmado como pertencente ao Haliphron atlanticus. A espécie costuma viver abaixo de 500 metros de profundidade, o que aumenta o mistério sobre sua presença tão perto da costa. “É um enigma como ele veio parar aqui”, disse Reid à BBC.

POSSÍVEIS CAUSAS

A bióloga marinha Lauren Smith, da Saltwater Life, chamou o caso de extraordinário. “É um achado extraordinário”, afirmou ela em entrevista ao Daily Mail.

Smith explicou que o animal pode ter sido atacado por baleias ou capturado acidentalmente por redes de pesca. “Ele pode ter sido capturado por rede de arrasto e descartado, ou predado por uma baleia. Ou de alguma forma pode ter chegado a águas rasas, ficado desorientado e então sido atacado”, relatou a profissional.

Nos dias seguintes, novos fragmentos apareceram, incluindo o bico e outros braços. “Todas as partes e fotografias são do mesmo indivíduo”, disse Smith à mesma publicação.

Material está congelado para estudos posteriores. Os fragmentos serão analisados por equipes da Universidade de Aberdeen, TRACE Wildlife Forensics Network, National Museum Scotland e Natural History Museum de Londres.

A presença do polvo-de-sete-braços na Escócia é tão incomum que surpreendeu até pesquisadores experientes. Para a Smith, cada registro ajuda a revelar parte da vida nas grandes profundidades.

“A descoberta destaca tanto o valor científico dos relatos comunitários de fauna quanto os mistérios persistentes do oceano profundo”, disse Lauren Smith, bióloga marinha.

LEIA UM RESUMO DA NOTÍCIA:

Achado raro na costa escocesa: Fragmentos de um polvo-de-sete-braços (Haliphron atlanticus), espécie de águas muito profundas e raramente vista perto da costa, foram encontrados em uma praia de Aberdeenshire, na Escócia, o que levou especialistas a classificarem o caso como excepcional.

Identificação e mistério: O morador que encontrou os braços acionou a reserva natural, que inicialmente cogitou se tratar de uma lula gigante. Após análise de ventosas e fragmentos, universidades e museus confirmaram que se trata de um polvo-de-sete-braços, espécie que costuma viver abaixo de 500 metros de profundidade — o que torna enigmática sua presença tão próxima da costa.

Possíveis causas e importância científica: Biólogos levantam hipóteses de ataque de baleias, captura acidental em redes de pesca ou desorientação em águas rasas. Todo o material foi congelado e será estudado por instituições científicas, reforçando a importância dos relatos da comunidade e evidenciando o quanto ainda há de desconhecido sobre a vida nas grandes profundezas do oceano.

Com informações de Banda B, parceira do Portal aRede.

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