Cidade paraguaia a menos de 60 km do Paraná registra tornado, diz pesquisadora
Karin Linete Hornes, professora do Departamento de Geociências da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), analisa formação de nuvem funil na região do Alto Paraná, no Paraguai
Publicado: 22/12/2025, 06:57

Uma tempestade de forte intensidade registrada na tarde de domingo (21) no departamento de Alto Paraná, no Paraguai, provocou a formação de um tornado, segundo avaliação da pesquisadora Karin Linete Hornes, professora do Departamento de Geociências da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e especialista em tornados. A região fica a cerca de 57 quilômetros de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná.
Imagens feitas por moradores mostram uma nuvem em formato de funil entre as cidades de Santa Rita e Santa Rosa del Monday, acompanhada por rajadas intensas de vento. Veja:
Até a tarde de domingo, não havia registro de feridos nem de grandes danos materiais, segundo a Direção de Polícia de Prevenção e Segurança do Alto Paraná.
Ao analisar os vídeos, Hornes afirma que os registros indicam claramente a atuação de um tornado.
“Nas imagens, é possível verificar a atuação de um tornado. Inclusive, são ótimas para explicar como se inicia a formação desse tipo de fenômeno [...] Nota-se uma protuberância na parte inferior da nuvem, onde há ar frio descendente, e também a possibilidade de visualização de ar ascendente na superfície. Quando esses fluxos se encontram, começa o processo de rotação”, explica.
Marcio Giordani Mattei, produtor rural de Santa Rosa Del Monday, registrou a passagem do ciclone pela câmera de segurança da propriedade. Segundo ele, foi a primeira vez que viram um fenômeno do tipo.
"A gente se assustou muito, graças a Deus não tivemos grandes danos [...] foi mais o susto, mas as imagens mostram e falam por si só o tamanho do tornado que passou aí. A gente não é acostumado a ver isso, porém hoje pudemos acompanhar pelas câmeras em tempo real, com muito susto, porque não sabe a direção que vem", contou Marcio.
Além das imagens feitas por moradores, dados do radar do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) também reforçam a avaliação, segundo a pesquisadora.
Informações: g1





















