Master Cargas projeta dobrar a capacidade operacional em Ponta Grossa

Empresa que chegou a Ponta Grossa há pouco mais de 10 anos para iniciar um novo conceito na área da logística na cidade, com operações ‘Full Service’, a Master Cargas segue investindo ano a ano no município. Com duas unidades na cidade, sendo uma no Distrito Industrial e outra em Oficinas, com acesso pela Avenida Visconde de Mauá, a Master Cargas atende inúmeras indústrias sediadas na região, gerando centenas de empregos diretos. O forte crescimento econômico dos Campos Gerais estimula a empresa a investir em estrutura, para ampliar suas operações e atendimentos, incluindo operações internacionais. 

Em entrevista ao podcast Papo de Mercado, do Grupo aRede, a CEO da Master Cargas Brasil, Tânia Lopes Anselmo, e o head de relações internacionais da empresa, Thiago Lopes Anselmo, falaram sobre esse ciclo de investimentos no município e detalharam as operações de importação da empresa, além de fazer as projeções para o futuro. “A Master Cargas é uma empresa que está há 25 anos no mercado, que trabalha com transporte, logística e serviços, e agora a plataforma do e-commerce chegou para implementar os movimentos de relações nacionais e internacionais”, resume Tânia.

A CEO explica que a unidade de Ponta Grossa é estratégica, sendo uma das principais para o grupo no país. “Aqui em Ponta Grossa é um divisor de águas, porque nós trabalhamos com mais de 108 mil cargas de carretas no ano. São mais de 240 indústrias trabalhando com a Master de forma direta e indiretamente, e com algumas conseguimos fazer a cadeia completa. Por exemplo, a DAF é um cliente da região de Ponta Grossa, que é nosso cliente de armazém desde a inauguração aqui, e hoje nós somos clientes da DAF e fornecedores da DAF”, acrescentou Tânia. 

Questionada sobre os investimentos, Tania reforçou um aporte de R$ 370 milhões que estão sendo aplicados em unidades como Ponta Grossa, São José dos Pinhais e Itu. Em Ponta Grossa, entre os aportes já realizados, estão um aumento significativo dos volumes de câmaras congeladas e em inteligência artificial, além de equipamentos. Outro projeto na cidade é a construção de uma estrutura maior para dobrar a sua capacidade operacional na cidade, em sua nova fase de investimentos. “Aqui em Ponta Grossa, pensamos em dobrar a capacidade operacional. Hoje, já estamos com capacidade de 60 mil pallets nas nossas operações, então queremos chegar a 120 mil pallets armazenados de forma blocada e mais de 240 mil pallets verticalizados”, diz.

Tânia revela que há 12 anos tem um protocolo, junto à Receita Federal, para que Ponta Grossa possa sediar um porto seco, sediando uma aduana. “Eu sempre quis muito que isso dê certo aqui, e acreditamos que é possível, que ainda vai vir, e se tiver uma Medida Provisória que flexibilize alguns pontos que, às vezes, impede isso de acontecer, vai ajudar muitas empresas e indústrias locais - ainda mais essas novas que estão chegando”, diz ela. A terceira fase de investimentos na cidade já contempla esse espaço para a atuação internacional. “Essa é uma fase muito importante para nós, porque ela conecta tanto para esse projeto do Porto Seco quanto também à construção de mais armazéns. E isso já não é só para as indústrias que estão aqui; isso já eu tenho carga garantida do meu próprio e-commerce, que eu já estou vendendo”.

IMPORTAÇÕES

O Grupo Master, que nasceu com a fundação da Master Cargas Brasil em 1999, detém a Master Trading, empresa dedicada à importação da companhia e uma das principais operações do país voltadas a veículos de alto luxo, maquinários, helicópteros e aviões. Thiago Lopes Anselmo, que assumiu o cargo de head de relações internacionais do Grupo Master nesse segundo semestre, detalha algumas operações de importação. Entre elas, a importação da Ford F-450 personalizada para Zé Neto, da dupla sertaneja Zé Neto & Cristiano. “A gente busca sempre trazer o que não tem aqui. Trouxemos uma Cybertruck, uma F-450 totalmente personalizada, do modelo que ele queria. Trouxemos para cá em tempo recorde, porque para um produto vir dos Estados Unidos, qualquer coisa que você peça com um container, eles pedem no mínimo de 60 dias a três meses. E trouxemos em 30 dias, já desde a parte de compra lá na Ford, a personalização dela e o desembaraço”, destacou Thiago.