Quatro anos sem respostas: família de jovem morta na RMC se manifesta por justiça

A família de Larissa Ferreira da Costa, jovem de 20 anos assassinada em 2021 em Campo Magro, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), voltou às ruas neste sábado (13) para cobrar justiça. A manifestação aconteceu em frente à delegacia de Almirante Tamandaré, também na RMC, e reforçou o apelo por respostas em um caso que continua sem solução.

Larissa morreu em 12 de setembro de 2021, após ser encontrada esfaqueada e queimada. No dia anterior, a jovem havia saído de casa para uma entrevista de emprego em Curitiba e desapareceu.

Ela foi socorrida ao Hospital Evangélico Mackenzie, mas morreu horas depois. A gravidade dos ferimentos impossibilitou inicialmente o reconhecimento do corpo, que só foi confirmado por meio da análise de impressões digitais no Instituto Médico Legal (IML). Até hoje, nenhum responsável foi punido.

De acordo com Márcia, mãe da jovem, a dor da família permanece intensa quatro anos após o crime, e a falta de respostas tem sido um peso diário.

“Quatro anos que mataram a Larissa e até agora estamos sem resposta. Não dá para deixar assim, têm que resolver. Até agora a polícia não descobriu que matou ela, estamos vivendo uma tristeza dia a dia. Queremos que esses bandidos paguem pelo crime que fizeram com a Larissa, não podem ficar soltos”, disse Márcia.

Conforme Alex Ferreira da Costa, irmão da vítima, a família enfrenta frustração constante diante da lentidão das investigações.

“Minha irmã era uma pessoa boa. Desde que mataram ela, é sempre a mesma resposta da polícia, que estão trabalhando, que o caso está difícil. Já mudou quatro vezes de delegado, mas nada muda. O Ministério Público é a mesma coisa. Temos nomes, investigamos, passamos detalhes, mas até hoje nada. Eles falam que não têm provas contra essas pessoas, porém também não vão atrás para conseguir essas provas. Só queremos justiça por ela e vamos lutar até o fim”, afirmou o irmão de Larissa.

Segundo Vanessa Ribeiro, amiga de Larissa, a jovem era conhecida por sua tranquilidade, o que torna o crime ainda mais chocante.

“Muito difícil, porque ela era uma menina muito tranquila, não se envolvia com nada. O que fizeram com ela foi uma maldade enorme e quatro anos sem resposta é muita coisa. Precisamos descobrir quem fez isso para que essa pessoa pague”, complementou Vanessa.

A família afirma que continuará mobilizada e promete novas manifestações até que as investigações avancem e os culpados sejam responsabilizados.

INVESTIGAÇÕES - A reportagem da Banda B entrou em contato com a Polícia Civil do Paraná (PCPR) questionando sobre o andamento das investigações. Caso haja algum contato, a reportagem será atualizada.

Com informações de Banda B, parceira do Portal aRede.