Fabio Oliveira quer fortalecer parcerias com Ponta Grossa
Deputado estadual prevê mudanças no Congresso Nacional após as eleições de 2026
Publicado: 10/09/2025, 06:50

Engenheiro formado pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Fabio Alex de Oliveira é um político paranaense que atualmente trabalha como deputado estadual na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), filiado ao Podemos. Nascido em Guarapuava, destacou-se como cofundador do ‘Mude’, um movimento apartidário de combate à corrupção no estado. No Poder Legislativo, além de se colocar como ‘a voz da Lava Jato’, também é um dos representantes de Ponta Grossa, escolhido pela prefeita Elizabeth Schmidt (União). Fabio Oliveira é o sexto entrevistado da série ‘Eleições 2026’, uma produção do Grupo aRede em parceria com o Blog do Doc.com.
No decorrer de sua entrevista, Fabio destacou seu papel como representante de Ponta Grossa na Alep, onde relembrou ações e reforçou seu desejo de seguir atuando em auxílio a cidade ‘princesina’. Também falou sobre sua vida e carreira política.
Além destes assuntos, Fabio Oliveira ressaltou sua visão sobre o cenário político de 2026, onde pediu atenção da população paranaense no momento de escolha do seu candidato. O deputado comentou sobre o atual cenário do Congresso Nacional e previu mudanças com novos senadores. Confira a entrevista completa abaixo:
Portal aRede/Jornal da Manhã: Você é um dos representantes de Ponta Grossa na Alep e também está indicando emendas para a cidade. Gostaria que falasse sobre este trabalho.
Fabio Oliveira (Podemos): Foi uma grande alegria ser convidado pela prefeita Elizabeth Schmidt para representarmos Ponta Grossa lá na Alep e também junto ao Governo do Estado. Este trabalho é fruto de uma parceria que tenho aqui em Ponta Grossa com o vereador Pastor Ezequiel (DC). [...] Conhecemos o Ezequiel e em 2023 começamos os trabalhos através de pedidos que ele fazia, e aí enviávamos emendas aqui para Ponta Grossa. Tivemos o convite da prefeita no pós-eleição de 2024. Então, foi com grande alegria que recebemos esse convite. [...] Nossa vontade é continuar ajudando Ponta Grossa nas necessidades que a cidade tem, mas principalmente também no que a gente chama de direitos universais básicos: Saúde, Educação e Segurança. É onde estamos mais destinando as emendas.
aRede/JM: Estas articulações políticas, elas são importantes para desenvolver esses projetos, certo?
Fabio Oliveira: Realmente Funciona dessa forma. O que acontece? Vou pegar o exemplo do ‘Asfalto Novo, Vida Nova’. [...] Não é só o asfaltamento de ruas, ele é um projeto completo que visa, inclusive, a parte do escoamento da água das chuvas. Então ele tem a construção das galerias pluviais. Tem a construção do calçamento, do passeio, a parte do asfalto e também a iluminação com LED. A Prefeitura Municipal de Ponta Grossa, até onde sei, foi uma das primeiras do Paraná a entregar os projetos lá na Secretaria das Cidades. Ela fez o seu dever de casa. Colocou os seus engenheiros para projetar e eles fizeram os projetos aqui das ruas de Ponta Grossa. [...] Agora o que me cabe? Cabe eu fazer o papel do chato que é ir lá para o secretário Guto Silva e falar: "E aí, Guto, tudo bem?. Como está o projeto da Prefeitura. Vai sair? Qual é a previsão? Quando o governador vai chamar a prefeita para lançar?” É um trabalho que fazemos, mas é só um exemplo. Temos articulado outras questões para a prefeita. Temos feito uma ‘dobradinha’ com a deputada Márcia Huçulak (PSD). Ela vem da área da Saúde. Eu já sou engenheiro formado na UEPG. Então, estamos realizando uma ‘dobradinha’ boa lá.
aRede/JM: Com relação a sua trajetória, como entrou na política?
Fabio Oliveira: A política faz parte da minha vida desde 2013. [...] Tudo começou com aquela cobrança dos 25 centavos a mais na passagem. As pessoas foram para as ruas não devido aos 25 centavos. Elas foram porque sentiam que tinha algo no ar que estava muito estranho. E aí no final de 2013 e início de 2014 vem a Lava Jato [...] que traz a tona aquele mar de corrupção que vivíamos aqui no Brasil. Em 2014, eu, junto com outros líderes lá de Curitiba, acabamos se unindo e montamos um movimento social. O movimento se chamava ‘Muda e Chega de Corrupção’. [...] Coletamos mais de 2 milhões de assinaturas num período recorde em 1 ano. [...] Apresentamos um projeto de lei de iniciativa popular lá na Câmara dos Deputados. Por que estou contando isso? Para responder a tua pergunta. Porque daí o primeiro convite que tive para vir para a Política foi consequência desse trabalho [...]. Então, tive um convite para sair candidato a deputado federal em 2018. Quatro partidos me procuraram. Entrei em um processo de reflexão e conversa com quem manda lá em casa (esposa). Tive um entendimento muito claro de paz e espírito que não era para eu sair candidato. [...] E aí em 2020, nas eleições municipais, recebi três convites para sair candidato a vereador em Curitiba e um convite para sair vice-prefeito. De novo, reflexão, oração, conversa com a minha esposa. Acho que nunca quis ser político. Em 2021 sou um dos gestores do Hospital Mackenzie. A vida redonda, carreira em ascensão, buscando filho na escola, almoçando em casa, salário justo, digno, e aí de repente recebo um telefone do Deltan Dallagnol (Novo), um grande amigo meu. Um dia estava num jantar representando o hospital e o Dallagnol fala: "Fábio, estava aqui em casa pensando. Você tem que ser candidato a deputado estadual comigo". [...] Minha resposta foi: "Não, doutor, você está louco. Quero continuar minha vida aqui do jeito que estou". Mas aí entrei naquele mesmo processo de reflexão, oração e conversa com minha esposa e a coisa foi diferente. Eu sentia algo dentro de mim, minha esposa também. Acho que o meu propósito mudou. [...] Dei um passo de fé. [...] Me desliguei do hospital, virei um desempregado e fui fazer campanha sem saber se eu ia ser eleito ou não. E aí senti que Deus fez algo importante e acabei sendo o deputado mais votado no meu partido.

aRede/JM: E como está sendo a experiência no exercício do mandato?
Fabio Oliveira: Confesso para você, [...] não criei expectativa. Falei assim: “é, estou entrando na política de propósito, então vou dar o meu melhor. Quero fazer isso aqui com excelência, assim como fiz todas os outros desafios profissionais que tive”. [...] Quando decidi sair candidato, fiz uma pós-graduação em gestão pública. Aí na sequência participei da melhor escola de formação política hoje no Brasil.[...] Pós-eleição fiz um curso em um dos principais institutos pensadores de gestão de mandato. Com essa habilidade também de gerir pessoas e gerir empresas, estabeleci padrões dentro do meu gabinete. [...] Busquei trazer da minha experiência do privado para o legislativo e para o interior do meu gabinete. [...] Posso falar com muita tranquilidade e com uma paz de espírito que busco ser o melhor deputado estadual da Alep em todos os aspectos, inclusive na gestão do dinheiro público.
aRede/JM: Já que estamos falando das eleições do próximo ano, como você está vendo este cenário eleitoral? Sabemos que o governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) é um pré-candidato à presidência da República. Temos alguns nomes para o Governo do Estado.
Fabio Oliveira: Vejo um cenário muito saudável. Nomes bons, preparados.[...] Tem o Paulo Martins (Novo) e pelo que tenho ouvido falar, o Novo possuí a intenção real de lançar um candidato para governador. [...] Quando você olha para o cenário de Governo do Paraná, para mim é uma questão de cálculo e consequência. Em que momento que vamos ter os nomes mais firmes? Quem é o candidato que o governador vai botar a mão e abençoar? Passa pela possibilidade real do governador efetivamente ser um candidato a presidente da República. Então tudo vai depender disso. Se o governador Ratinho Junior efetivamente for um candidato a presidente da República, ele terá que sair antes do governo, aí o Darci Piana (PSD) assume o Governo do Estado. E o Darci Piana é um nome também. O fato do governador Ratinho Junior ser candidato a presidente acelerará esse processo decisório. Aí veremos efetivamente se será o Guto Silva (PSD), Alexandre Curi (PSD), Rafael Greca (PSD), o próprio Darci Piana. Tem o Requião Filho (PDT). Acredito que vai ter uma coligação de esquerda. Eles não vão soltar dois candidatos de esquerda. Não faz sentido. [...] Se o Requião Filho continuar desse jeito que está, acredito que ele será o candidato natural da esquerda. Temos o Sergio Moro (União), que está oscilando entre 36 e 39% na última pesquisa que foi feita. Vemos o Alexandre Curi com 9%. Só que veja, não consegui ver uma pesquisa que tenha ido em cidades com menos de 30 mil habitantes, que é onde o Alexandre domina aqui no estado do Paraná. Então imagino aqui, um chute baixo, que ele já tem uns 5% a mais considerando essas cidades. [...] O Paulo Martins na primeira pesquisa que saiu, ele já está com 7%. Veja bem, na primeira pesquisa. Agora uma coisa, [...] tudo isso passará obrigatoriamente pela coesão da direita. A direita brasileira precisa se unir em torno de um projeto. Não é em torno do nome A, B ou C, mas em torno de um projeto.

aRede/JM: E além da questão do Governo do Estado, têm as vagas para o Senado também, certo?
Fabio Oliveira: São nomes bons para o Senado que estão sendo ventilados. [...] O que peço para o paranaense é que esteja atento. Esteja atento a quem vai votar. Voto de qualidade. [...] Hoje o que estamos vivendo na questão do Judiciário poderia estar sendo evitado pelo Senado, só que hoje temos um Senado acovardado. [...] A grande maioria dos senadores hoje não são os que efetivamente representam a vontade da população. Então o voto consciente colocará senadores que nos representem, deputados federais que nos representem, deputados estaduais que nos representem na Assembleia, assim como o governador, presidente, enfim, uma eleição importantíssima.
aRede/JM: Indo para o final da nossa conversa [...] como está a relação com a prefeita Elizabeth Schmidt? Abordando um pouco mais dessa relação política?
Fabio Oliveira: A relação com a prefeita está ótima. Temos buscado, dentro daquilo que a gente tem alcance, encaminhar emendas para cá. Reformas de postos de saúde, aquisição de viaturas, a creche, enfim, naquele tripé que falei para você da Educação, Saúde e Segurança. [...] Defendemos a prefeita lá no Governo do Estado. [...] Recentemente estive em Ponta Grossa comemorando o aniversário do Corpo de Bombeiros. [...] É um relacionamento do ‘ganha, ganha’. [...] Essa vontade de servir está muito latente no nosso coração. Temos muita gasolina ainda para gastar, muito pneu para queimar na estrada para podermos continuar representando tudo isso e ajudando Ponta Grossa no Governo do Estado.

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