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VCG aposta em transporte público eficiente e sustentável

Com frota de 196 ônibus, Viação Campos Gerais investe em práticas corretas sustentáveis, como reuso da água da chuva para lavagem dos veículos

Cristiane Dresch é a gerente de Comunicação da VCG
Cristiane Dresch é a gerente de Comunicação da VCG -

Luciana Brick

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Operando a frota de ônibus do transporte coletivo em Ponta Grossa desde 1927, a Viação Campos Gerais (VCG) tem investindo a cada ano no transporte público eficiente e sustentável. Nesta quarta-feira (5), Dia Mundial do Meio Ambiente, a empresa, através da sua gerente de Comunicação, Cristiane Dresch, destaca ações sustentáveis adotadas no “Painel Digital: Meio Ambiente e Sustentabilidade”, apresentado pelo Portal aRede e Jornal da Manhã (JM), durante esta semana - assista abaixo à entrevista:

VÍDEO
Grupo aRede.
Confira a entrevista na íntegra | Autor: Grupo aRede.
 

Para a gerente, é preciso pensar em transporte público de forma macro. “É claro que é muito mais confortável dentro do meu carro, se vejo um congestionamento, posso desviar, tomar uma nova rota, mas o transporte coletivo, por si só, ele tem condições de ser mais propício à sociedade quando falamos de meio ambiente, proporcionalmente ao número de pessoas que ele transporta. Se olharmos um carro, por exemplo, ele transporta em média 1,5 passageiros, não chega a dois passageiros, e se olharmos para um ônibus, ele tem condições de transportar 48 passageiros”, observa ao completar que “pensando em um articulado em Ponta Grossa no horário de pico, ele transporta entre 120, 140 pessoas, então, proporcionalmente ao carro, o ônibus por si só, pelo número de passageiros que ele transporta, ele é mais eficiente sob a perspectiva da sustentabilidade”, diz.

Com base em um cálculo da Confederação Nacional de Transporte (CNT), ela observa que um passageiro de carro emite 26 miligramas de CO₂ por quilômetro percorrido, enquanto um passageiro de ônibus emite 17 miligramas de CO₂ por quilômetro percorrido em virtude do volume de pessoas que usam um carro. “Se fizermos uma proporção em relação, por exemplo, a um ônibus convencional, temos uma dinâmica de um ônibus para 48 veículos, então, quanto polui 48 veículos e quanto polui um ônibus do transporte coletivo? É esta análise que precisamos entender e perceber o modal como mais eficiente sob a perspectiva da sustentabilidade proporcionalmente a esta questão entre veículo e coletivo”, fala.

Para contribuir com o meio ambiente e a sustentabilidade, a VCG investe internamente em ações, como é o caso da garagem. “A garagem da VCG foi inaugurada em dezembro de 2000 e, naquela época, foi considerada uma das mais modernas do país; ao longo do tempo servimos de exemplo para muitas outras empresas do transporte coletivo do Brasil pela nossa estrutura”, conta ao explicar que a garagem possui coleta da água da chuva. “Temos 5 mil metros de área construída, então nos dois prédios da garagem temos a coleta desta água que vai para uma cisterna, para a estação de tratamento de água, e será reutilizada no processo de lavagem dos veículos”, revela.

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  • VCG reutiliza água da chuva para lavar seus ônibus.
    VCG reutiliza água da chuva para lavar seus ônibus.
  • Concessionária tem projetos de sustentabilidade.
    Concessionária tem projetos de sustentabilidade.
 

Em relação ao diesel, a empresa opta pelo menos poluente e, ainda, transforma os rejeitos em reciclagem. “As lâmpadas no coletivo, os para-brisas ou algum tipo de vidro que às vezes sofre um dano, o filtro de óleo, lona de freio, o próprio óleo de caixa de motor esgotado, este óleo vai para um processo de reciclagem sendo reutilizado, então temos uma cadeia de produção na garagem que se preocupa com esta questão de sustentabilidade, tanto de rejeitos para reciclagem corretamente como a questão do reuso da água que trabalhamos na garagem, desde a coleta até o reuso”, diz ao citar que outra política interna da VCG está relacionada aos próprios uniformes dos colaboradores que quando descartados são encaminhados para reciclagem ou reutilização “para podermos, de alguma forma, contribuir com esta logística reversa”, completa.

VEÍCULOS MENOS POLUENTES - A Viação Campos Gerais (VCG) realizou, no ano passado, o teste de dois veículos menos poluentes. Em agosto, foi testado o ônibus movido a Gás Natural Veicular (GNV) e, em setembro, o elétrico. "Foram experiências positivas e sabemos que esta é uma tendência, e se observarmos a frota do Chile, por exemplo, de Santiago, que é uma frota já bastante antiga que utiliza estes veículos elétricos e temos como modelo Bogotá, a capital da Colômbia, que tem garagens imensas, exclusivas com ônibus elétricos, grandes estações de recarregamento, porém temos que observar a necessidade de olharmos para a evolução desta tecnologia. O processo de licitação de Ponta Grossa já prevê no novo modelo de concessão, veículos com estas características. No entanto, não temos ainda um veículo capaz e que nos dê condições, com as suas baterias, de rodar durante uma escala inteira", explica.

Cristiane completa: "Por exemplo, os ônibus da VCG, que operam durante todo o dia, saem por volta de 5h15 da manhã e rodam até quase meia-noite, então não temos no mercado nenhuma tecnologia disponível que nos dê condições de operar durante toda essa jornada de trabalho. Teríamos que parar, recarregar e isto é algo que exige e exigirá uma infraestrutura de recarga em terminais, por exemplo. Exigirá uma frota sobressalente para compensar este período em que o veículo estará carregando”, explica a gerente de Comunicação da VCG, Cristine Dresch.

Ela ainda desta que “a empresa entende que é uma tendência e que este é o futuro; vemos grandes multinacionais trabalhando fortemente no Brasil e também pelo mundo com esta tendência, mas quando falamos de transporte coletivo temos que olhar estas especificidades, porque não podemos correr o risco de deixar um passageiro a mercê do seu direito de vir em virtude de uma infraestrutura ou de uma condição de um veículo que não atende aquela necessidade específica de cumprir o seu trajeto durante toda a escala. Então, é importante, é o futuro, mas ainda temos muito a analisar e a pensar do ponto de vista de autonomia, de tecnologia, de baterias que consigam atender esta demanda”.

SUSTENTABILIDADE - A Viação Campos Gerais (VCG) conta com 196 ônibus, frota 100% monitorada pela telemetria, que permite saber onde os veículos estão circulando, se há atrasos, desvio de rota por alguma obra, entre outros pontos específicos.

A gerente de Comunicação da VCG, Cristiane Dresch, destaca que o investimento em tecnologia está conectado a sustentabilidade, citando ainda, os validadores. “Fizemos um teste de validadores proposto pela Prefeitura e existem outros estudos em andamento para se utilizar a bilhetagem eletrônica e também o cartão de débito e de crédito. Com isto temos menos recurso físico, menos dinheiro e menos plástico, porque o cartão é de plástico; com isto eu não preciso produzir tanto cartão de transporte ou estudante, pois tenho outro modelo de cartão que atende esta necessidade. A VCG está sempre buscando esta questão de tecnologia, olhando para o que os outros países estão fazendo, inclusive, um dos nossos diretores esteve recentemente no Chile, de onde trouxe esta visão dos ônibus elétricos, como estão operando lá, e esta necessidade de observar as baterias com maior eficiência”, fala.

PONTA GROSSA - Em 1927, dois irmãos (Família Rizental) iniciaram as primeiras ações em prol do transporte coletivo de Ponta Grossa. No ano seguinte, a linha que ligava o Centro da cidade ao bairro de Uvaranas entra em operação. Na época, a empresa chamava-se Auto Viação Pontagrossense. Em 1964, quando foi adquirida pela família Mezzomo, passou a ser conhecida como Viação Campos Gerais.

Em 1984, a VCG foi adquirida pela família Gulin, que já possuía know-how na área. Naquele ano, eram 40 linhas e 60 veículos. Atualmente o sistema de transporte coletivo conta com uma frota de 196 ônibus, distribuídos em 94 linhas. Diariamente são transportados cerca de 65 mil passageiros equivalentes (número de pagantes)

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