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Multinacionais em PG diversificaram a partir dos anos 2000

A partir de 2011, quando a cidade teve seu ‘boom’ industrial, até hoje foram mais de R$ 10 bilhões anunciados

A Continental instalou sua fábrica em Ponta Grossa no ano de 1999
A Continental instalou sua fábrica em Ponta Grossa no ano de 1999 -

Fernando Rogala

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Neste século XXI, Ponta Grossa diversificou seu Parque Industrial. Apesar dos investimentos da Makita e da Crown, no final da primeira década (elas entraram em operação em 2010 e 2011, respectivamente), foi com o 'Paraná Competitivo', a partir de 2011, que a cidade teve seu ‘boom’ industrial, com a vinda de novas multinacionais e a ampliação de outras já existentes - até 2021, foram mais de R$ 10 bilhões anunciados na cidade. São exemplos de novos investimentos a DAF (US$ 200 milhões), Ambev (R$ 848 milhões), Mars Brasil (anunciado em R$ 160 milhões, e hoje se aproxima de R$ 400 milhões), Maltaria Campos Gerais (R$ 3 bilhões), B.O. Packaging, entre outras, e grandes ampliações, como da Continental, Masisa, Tetra Pak, Heineken, entre outras, criando novas linhas de produção e multiplicando o volume produzido.

Para o secretário de Indústria, Comércio e Qualificação Profissional de Ponta Grossa, Paulo Pinto, mais do que a quantidade de indústrias, o destaque do polo industrial de Ponta Grossa é a grande variedade, um dos mais diversificados do país, que traz uma grande vantagem para a cidade. “A diversidade da economia começa a ser maior, e isso é bom para a cidade. É aquele negócio: não colocar os ovos na mesma cesta - se uma economia hoje não está indo bem, a outra pode compensar e assim a cidade pode continuar com o crescimento. Mesmo tendo uma economia, por algum fator, seja mundial ou seja nacional, que não esteja tão forte”, explica.

A Cervejarias Kaiser (hoje Heineken) inaugurou sua fábrica em Ponta Grossa  há quase 30 anos
A Cervejarias Kaiser (hoje Heineken) inaugurou sua fábrica em Ponta Grossa há quase 30 anos |  Foto: Divulgação.
 

Os impactos de todos esses investimentos na economia de Ponta Grossa são visíveis, como observa Priscilla Garbelini Jaronski, presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Ponta Grossa (CDEPG) e diretora da Casa da Indústria no município. Ela recorda que em 2022, a indústria teve uma participação de 57,72% no valor adicionado fiscal total do município.

  "A industrialização é um fator crucial para o desenvolvimento econômico de uma região, especialmente no que se refere à geração de emprego e renda, diversificação da economia e atração de investimentos. Este setor contribui para o desenvolvimento local porquanto amplia a distribuição da riqueza, cria novas capacidades tecnológicas e eleva a renda per capita."

Priscilla Garbelini Jaronski. Presidente do CDEPG.
 

São vários os motivos mencionados pelas indústrias para a escolha da cidade, como a posição privilegiada, ótima logística, infraestrutura, o plano de desenvolvimento industrial da cidade, entre inúmeros outros. “Ponta Grossa é uma cidade atrativa para a instalação de multinacionais e grandes indústrias em razão do seu potencial de formação de clusters. Estas empresas desempenham um papel crucial na economia local, porquanto geram um grande número de empregos diretos e indiretos, promovendo o desenvolvimento social e econômico da região”, acrescenta Priscilla.

EMPRESAS DINAMIZAM ECONOMIA - Doutora em economia e professora da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Augusta Pelinski Raiher reforça que a instalação de multinacionais traz uma grande transformação econômica para uma cidade e seu entorno. “A vinda de uma empresa multinacional para uma região se apresenta como muito importante. A sua presença em determinado espaço pode determinar uma mudança drástica e positiva para a economia. E tem diferentes vias de ação que a empresa multinacional pode trazer para a dinâmica econômica, afetado de diversas formas”, resume.

A Masisa, multinacional chilena, se instalou na cidade em 2001. Em 2017, passou a ser controlada pela Arauco
A Masisa, multinacional chilena, se instalou na cidade em 2001. Em 2017, passou a ser controlada pela Arauco |  Foto: Divulgação.
 

A economista detalha alguns desses impactos na economia, iniciando com a geração imediata de empregos diretos e indiretos. “E uma boa parte dos empregos demanda uma qualificação maior da mão de obra. Como uma multinacional é uma indústria chave, ela tem altos encadeamentos tanto a montante quanto a jusante, mas principalmente a montante, o que significa que outras empresas de outros setores, como de serviços, existem porque essa empresa existe. E outro ponto muito positivo é o desenvolvimento tecnológico, por ter um nível de tecnologia superior”, explica. Ela acrescenta, ainda, a geração de renda e os impactos no setor público, com a arrecadação de tributos e receitas que não se tinha antes. “Então, uma multinacional apresenta muitos pontos positivos para a dinâmica de uma economia”, conclui a economista.

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