Museu Campos Gerais sedia exposição 'Desnuda', que revela Adalice Araújo como artista | aRede
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Museu Campos Gerais sedia exposição 'Desnuda', que revela Adalice Araújo como artista

Orlando Azevedo é curador da mostra e revela 49 peças da crítica de arte e pesquisadora ponta-grossense

Exposição "Desnuda" estreia nesta quinta-feira (21) e revela Adalice Araújo, crítica de arte, como artista.
Exposição "Desnuda" estreia nesta quinta-feira (21) e revela Adalice Araújo, crítica de arte, como artista. -

Lilian Magalhães

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O Museu Campos Gerais da Universidade Estadual de Ponta Grossa (MCG-UEPG) estreia a exposição inédita "Desnuda", de Adalice Araújo, historiadora, pesquisadora e crítica de arte ponta-grossense falecida em 2012. 

O curador do acervo, Orlando Azevedo, fotógrafo documental com vasta experiência em projetos de longa duração e obras em acervo de treze museus ao redor do mundo, esteve presente no estúdio do Grupo aRede para compartilhar detalhes do processo de criação da mostra que inaugura nesta quinta-feira (21), às 11h30, no museu localizado na rua Engenheiro Schamber, 654.

Ao ser questionado sobre como o projeto começou, Orlando conta que foi mais uma revelação sobre as muitas camadas de Adalice. "Ela foi a principal crítica de arte do estado do Paraná, que curiosamente, se revela agora como uma artista. Ela era uma mulher com muita densidade, muita cultura e muito carinho, acima de tudo, pela própria arte", afirma o curador.

O achado das obras foi uma revelação de grande valor para Orlando. "Sou amigo do sobrinho e afilhado de Adalice, que herdou o apartamento, pois o filho dela faleceu. Ele achou um pacote fechado atrás de um armário com desenhos absolutamente inéditos dela e me deixou com o inventário". Orlando conta que, após refletir sobre o que seria possível fazer com as obras, tomou frente com o projeto da exposição. "Quis apresentar a Adalice desconhecida como a artista que era. Se chama Desnuda exatamente porque mostra Adalice desnudada pela obra e apresentada como criadora. E será apresentado pela primeira vez em Ponta Grossa, onde ela nasceu. Pouca gente sabe disso!", diz o fotógrafo.

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Assista a entrevista na íntegra. | Autor: aRede.
 A vida profissional de Adalice foi marcada por sua habilidade como crítica de arte, mas até a exposição "Desnuda", nada se sabia sobre o seu talento como artista de fato . "Ela não se revelava desta forma, até porque ela era crítica de arte. Então ela, como crítica, criticava a si mesma . Mas é eficiente tanto como artista, quanto como crítica. É um orgulho para Ponta Grossa ter uma mulher deste nível de conhecimento", diz Orlando, entusiasmado pela inauguração da mostra.

O MCG-UEPG, dirigido por Niltonci Chaves, incluiu "Desnuda" como parte da programação que celebra os 75 anos do museu. "Graças ao Nilton, esta exposição acontece neste período de comemoração. Espero que a exposição tenha reconhecimento do público no museu incrível que é o MCG. Ele está totalmente eficiente, com tudo funcionando: salas, exposições, auditórios. Ele está muito bem recuperado", aponta Orlando, parceiro de longa data e diversos projetos com o museu.

O curador de "Desnuda" finaliza a conversa afirmando que sim, Adalice ficaria feliz em saber que suas obras agora fazem parte de uma exposição de arte. "Eu acho que ela ia gostar, se ela fez, ela gostava do que fazia. Espero que muitas pessoas discutam a exposição, é uma pena que ela não está mais viva. É importante que a obra seja vista, esta é a função da arte, apresentar coisas para discutir. Por isso é tão importante: são obras inéditas de tal grandiosidade, de uma artista mulher ponta-grossense. Os desenhos dela são impressionantes, somando 49 obras. São desenhos e estudos impecáveis", conta o fotógrafo à Redação do Portal aRede.

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