Ponta Grossa deve se tornar referência regional na saúde
Com aproximadamente R$ 287 milhões programados para serem investidos no setor, o Município tem se desenvolvido cada vez mais para se tornar um grande complexo de atendimento na Saúde dos Campos Gerais
Publicado: 14/12/2025, 14:30

Nos últimos anos, a cidade de Ponta Grossa experimenta um salto de investimentos na área da saúde. O objetivo busca sanar alguns problemas enfrentados por pacientes que necessitam do sistema público de saúde. Um dos principais fatores é a necessidade de deslocamento para realização de exames, consultas e alguns atendimentos que não são ofertados no município ou possuem grande fila de espera.
Em muitas ocasiões, a população precisa ser encaminhada para cidades do Paraná para fazer consultas, mas com novas estruturas, essa prática deve ser encerrada.
Com aproximadamente R$ 287 milhões programados para serem investidos no setor, o Município tem se desenvolvido cada vez mais para se tornar um grande complexo de atendimento na Saúde dos Campos Gerais - e o maior do Estado do Paraná.
Na área da saúde, a Prefeitura de Ponta Grossa trabalha em dois importantes eixos para qualificar, cada vez mais, o atendimento à população. A primeira frente reúne as medidas imediatas, onde investimentos robustos estão sendo aplicados em obras estruturantes, como as já entregues da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Uvaranas e os Superpostos Panamá e Borato, além do maior programa de modernização das Unidades de Saúde da história de Ponta Grossa e a contratação de mais de 300 profissionais de saúde nos últimos anos.
Em paralelo, os técnicos da Secretaria Municipal de Saúde lideraram um amplo estudo que contempla ações e obras para atender o crescimento da demanda em toda a cidade, levando em consideração um mapeamento geográfico e estratégico, tendências de crescimento populacional e os novos adensamentos urbanos. O estudo denominado “Territórios Mais Saúde PG” concluiu que, além das obras em andamento e previstas tanto pelo Poder Público quanto pela iniciativa privada, há a necessidade da construção de mais três Superpostos - nas regiões do Chapada, Colônia Dona Luiza e Cará-Cará.
Este conjunto de obras, de acordo com o estudo da Prefeitura, estabiliza a necessidade de novas construções de espaços de saúde até 2030.
De acordo com nota encaminhada pela Administração Municipal ao Portal aRede, toda essa união de esforços busca, como meta principal, atender a demanda dos ponta-grossenses tanto na área de urgência e emergência, atenção primária e atenção secundária (consultas, exames e cirurgias eletivas). Ao atender a demanda de Ponta Grossa com mais qualidade e capacidade, naturalmente os municípios da região acabam sendo beneficiados; no entanto, é importante esclarecer que a atenção secundária, conforme está previsto na legislação, é uma atribuição conjunta entre Estados, municípios e Governo Federal.
“Sabemos que o atendimento especializado no SUS é um grande desafio, e por isso estamos trabalhando de forma permanente e integrada, ao lado dos demais municípios da região e da Secretaria de Estado da Saúde – Sesa, para suprir esta demanda. Juntos, atuamos no planejamento estratégico e na busca de parcerias para ampliar a rede de atendimento, aumentando a oferta de serviços, sempre buscando reduzir o tempo de espera para consultas, exames e cirurgias”, afirma a secretária municipal de Saúde, Liliam Brandalise.

Para a prefeita Elizabeth Schmidt (União Brasil), o planejamento na saúde deve estar alinhado com o crescimento de Ponta Grossa. “Estamos virando a chave na saúde com muito trabalho e planejamento. Nosso foco está no presente, qualificando cada vez mais as nossas equipes e com importantes obras em andamento, mas principalmente no futuro da nossa cidade: precisamos ter um sistema de saúde que esteja alinhado com o crescimento de Ponta Grossa em todos os segmentos”, avalia.

Em 2025, somando todos os exames via SUS para pacientes de Ponta Grossa, de janeiro a novembro de 2025, foram 191,5 mil atendimentos realizados. Em relação a tratamentos, consultas e exames fora do Município, foram 30,3 mil atendimentos realizados (onde a Prefeitura oferece o transporte e diária para os pacientes).
GRANDES ESTRUTURAS TRANSFORMARÃO A SAÚDE NO MUNICÍPIO
Sobre essa nova realidade da saúde em Ponta Grossa, através da vinda de grandes estruturas como a nova Policlínica e o futuro Hospital do Câncer, o município irá se consolidar não apenas como uma cidade de passagem, mas como a referência macrorregional de saúde para quase 1 milhão de habitantes.
Para se preparar para o alto fluxo de pacientes, a Administração Municipal, junto da Associação Médica de Ponta Grossa (AMPG) e demais entidades, elaboraram o MasterPlan da cidade.
“Primeiro, é fundamental a integração digital. Precisamos de uma centralização de dados que conecte o sistema municipal com o estadual. O paciente que vem da região precisa já chegar regulado, com a telemedicina servindo como uma barreira de triagem para que ele só venha quando realmente seja necessário, otimizando nossos leitos e consultórios”, comenta o presidente da AMPG, Dr. Mário Montemor.

Outro ponto abordado por Montemor é a necessidade de encarar a saúde como um vetor de desenvolvimento. “O MasterPlan aponta para o 'Turismo Hospitalar'. Se vamos receber pacientes de fora, precisamos que a cidade ofereça estrutura hoteleira e de serviços, transformando essa demanda em receita e emprego para Ponta Grossa. E um terceiro ponto, e talvez o mais importante: o Capital Humano. Como Associação Médica, defendemos a integração total entre os hospitais e as nossas universidades. Precisamos formar e fixar especialistas aqui. A Policlínica e o Hospital do Câncer podem ser hospitais-escola de excelência”, pontua.
Por fim, o presidente da Associação reforça a união com a Prefeitura para auxiliar o crescimento do município na saúde. “Ponta Grossa está pronta para assumir esse protagonismo. A Associação Médica está ao lado da gestão pública para garantir que esse crescimento traga, acima de tudo, dignidade e agilidade no atendimento para a nossa população e para quem busca nossa ajuda”, finaliza.
A partir disso, podemos concluir que a Prefeitura de Ponta Grossa planejou e investiu para melhorar a qualidade do atendimento na saúde pública local, projetando transformar o município em referência no setor em toda região dos Campos Gerais, podendo atender a população de mais de 1 milhão de habitantes, de forma organizada e que supra as necessidades dos habitantes locais e aqueles que vierem de outras cidades para buscar o atendimento e a estrutura presente em Ponta Grossa.





















