Cigarro eletrônico: ameaça silenciosa à saúde dos jovens
Estomatologista e Princesa Assistência reforçam importância da prevenção e informação
Publicado: 30/07/2025, 09:09

No Viver Bem desta semana, o estomatologista Dr. Roberto Jabur trouxe um alerta urgente sobre os riscos do cigarro eletrônico, especialmente entre jovens e adolescentes. A entrevista destacou que, ao contrário do que muitos acreditam, o vape pode causar doenças graves como câncer de boca, orofaringe e pulmão, além de provocar forte dependência.
Segundo Dr. Roberto, o cigarro eletrônico não é regulamentado no Brasil e não há controle sobre os ingredientes presentes nos líquidos utilizados. Entre as substâncias encontradas estão o propilenoglicol e o formaldeído, que oferecem riscos severos à saúde. “O maior perigo é a falsa sensação de segurança. Muitos jovens acreditam que o vape é inofensivo, mas ele pode expor o usuário a doses equivalentes a mais de dez carteiras de cigarro por dia, sem que perceba”, explicou.
Ele explica que, diferentemente do cigarro convencional, que tem início e fim, o cigarro eletrônico pode ser usado continuamente. Estudos realizados pela equipe do médico mostram que um adolescente pode chegar a dar mais de 3 mil tragadas (puffs) por dia, o equivalente a até 13 carteiras de cigarro convencional. O médico alerta: “Em menos de 10 anos, poderemos enfrentar uma epidemia de câncer bucal relacionada ao cigarro eletrônico”.
Outro problema é o atraso no diagnóstico. Lesões iniciais na boca podem ser confundidas com aftas, retardando o tratamento. “O câncer de boca é devastador e impossível de esconder. Muitas vezes, exige cirurgias mutilantes e afeta profundamente a fala e a qualidade de vida”, enfatiza.
Dr. Roberto também alerta para o risco do cigarro eletrônico como porta de entrada para outras drogas. Por não deixar cheiro, é mais difícil para familiares perceberem o uso. “A indústria do tabaco fisgou uma nova geração com sabores atrativos e uma falsa promessa de segurança”, destaca.
Para os pais, o conselho é claro: estar presente, observar o comportamento dos filhos e estimular hábitos saudáveis. “O esporte salva vidas. Ocupar o tempo com atividades físicas, artísticas e de convivência é uma das formas mais eficazes de afastar os jovens desse vício”, finaliza.
O bate-papo também contou com a participação de Fábio Ângelo, coordenador da Princesa Assistência, que reforçou a importância de levar informação e conscientização para a comunidade. “O plano da Princesa é para ser usado em vida. Por isso, abordamos temas de saúde e prevenção, incentivando hábitos que preservem o bem-estar. É fundamental que os pais conversem com seus filhos sobre os riscos do cigarro eletrônico e fiquem atentos a qualquer sinal de uso”, alertou.
Fábio destacou que a Princesa Assistência promove palestras em escolas, universidades e comunidades, além de oferecer benefícios como consultas médicas, exames e descontos em serviços de saúde e bem-estar. “Prevenir é sempre mais eficaz do que tratar. Assim como cuidamos do carro antes de viajar, precisamos cuidar do corpo antes que a doença apareça”, completou.
O recado final dos convidados é claro: informação, diálogo e hábitos saudáveis são as melhores ferramentas para evitar que o cigarro eletrônico comprometa a saúde das próximas gerações.