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Morango do amor: nutricionistas analisam doce do momento

A maçã do amor é presença garantida nas festas juninas, com sua cobertura vermelha brilhante e crocante que já virou tradição. Mas, recentemente, uma adaptação mais compacta e visualmente atrativa tem roubado a cena: o morango do amor.
FOTO: Divulgação.
A versão feita com morango ganhou ainda uma camada de brigadeiro — que pode ser branco ou preto — e virou febre nas redes sociais, com vídeos e receitas que somam milhões de visualizações.
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Além do apelo estético, o doce parece despertar lembranças afetivas e um forte senso de nostalgia, e é justamente aí que mora parte da explicação para o sucesso. Segundo a nutricionista Bruna Makluf, da plataforma Wefit, o consumo de doces como o morango do amor muitas vezes ultrapassa a lógica nutricional.
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“Os padrões alimentares não são apenas baseados em nutrientes, mas também em cultura, história familiar e senso de comunidade. Quando algo viraliza nas redes sociais, como o morango do amor, há uma forte conexão emocional e cultural envolvida”, explica.
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O nutricionista João Pinheiro também destaca esse elo com as emoções. “O morango do amor remete a experiências afetivas, lembranças de infância, festas juninas, romantismo. Ele desperta memória afetiva. No nosso cérebro, o paladar e a emoção caminham juntos, e o açúcar potencializa isso, liberando dopamina, o neurotransmissor da recompensa”, diz.
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A combinação do sabor azedo da fruta com a doçura do brigadeiro e da cobertura ajuda a criar uma explosão sensorial. “É uma combinação simples, mas que conversa diretamente com o nosso emocional”, afirma Pinheiro.
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É melhor do que outros doces?

Com uma fruta na base e uma cobertura relativamente simples, o morango do amor pode parecer mais inofensivo que outras sobremesas industrializadas. Mas isso não significa que ele seja uma opção saudável.
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Para o nutricionista Matheus Silva, que atua em São Paulo, o doce pode ser considerado uma alternativa menos calórica do que opções repletas de gordura e sem nenhum ingrediente natural. Contudo, ele destaca que a receita ainda leva ingredientes ultraprocessados, como corante artificial, leite em pó e creme de leite.
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“Pode ser uma alternativa aos doces que não têm frutas, já que no lugar dela costuma ter mais açúcar e gordura. Mas isso não deve ser visto como uma fonte de nutrientes. Os ingredientes ultraprocessados adicionados ao morango do amor são os mesmos usados em outros doces”, avalia.
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Bruna Makluf acrescenta que o contexto de preparo faz diferença. “A base do morango do amor é uma fruta in natura e, dependendo da cobertura, pode sim ser uma escolha menos agressiva à saúde. Mas isso não significa que o consumo deve ser liberado. O equilíbrio continua sendo fundamental”, reforça.
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Consumo frequente pode trazer riscos à saúde

Mesmo com fruta na base, o consumo frequente do morango do amor pode ter efeitos negativos. João Pinheiro alerta que o excesso de açúcar continua sendo o principal fator de risco da sobremesa.
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“O consumo frequente de doces ricos em açúcar pode favorecer resistência à insulina, aumento de gordura corporal, compulsão alimentar e até alterações na saúde intestinal, mesmo que tenha uma fruta na composição”, afirma.
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Além disso, o cérebro pode criar uma espécie de dependência ao estímulo doce. “Por isso, o ideal é enxergar o morango do amor como uma indulgência pontual, algo para saborear ocasionalmente e com prazer, e não como uma opção ‘saudável disfarçada’”, completa o nutricionista.
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