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Com apoio voluntário, IAT limpa 30 hectares do Vale do Codó, em Jaguariaíva

Ação faz parte de um grande movimento coordenado pelo órgão ambiental que visa extinguir espécies exóticas invasoras como o pinus de Unidades de Conservação

Técnicos do Instituto Água e Terra e voluntários da Iniciativa Campos Gerais fizeram o corte de pinus em área equivalente a 28 campos de futebol
Técnicos do Instituto Água e Terra e voluntários da Iniciativa Campos Gerais fizeram o corte de pinus em área equivalente a 28 campos de futebol -

Publicado Por João Iansen

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Voluntários do Instituto Água e Terra (IAT), em parceria com a Iniciativa Campos Gerais, limparam uma área de 30 hectares ao norte do Parque Estadual do Vale do Codó, em Jaguariaíva, nos Campos Gerais. A ação ocorreu no sábado (05) e domingo (06) e faz parte de um grande movimento coordenado pelo órgão ambiental que visa extinguir espécies exóticas invasoras como o pinus na Unidade de Conservação (UC). O IAT é vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest).

Desta vez, o trabalho de erradicação da árvore se deu próximo às margens do Rio Jaguariaíva, que corta o parque estadual. Para chegar à região dos cânions, um dos símbolos dos Campos Gerais do Paraná, a equipe contou com o suporte do Centro de Operações Aéreas do IAT. O controle das espécies exóticas invasoras em Unidades de Conservação é feito para não atrapalhar o desenvolvimento das espécies nativas. Novas ações do tipo estão previstas para ocorrer até que o pinus seja totalmente controlado no Codó.

“Essa é um trabalho muito importante, de conscientização ambiental voltada para o controle de espécies que não são nativas do Paraná e atrapalham o nosso ecossistema. Graças ao helicóptero ganhamos agilidade para chegar em lugares mais difíceis em função da topografia da região”, afirmou o chefe do escritório regional do IAT em Ponta Grossa, Edemilson Luiz Quadros.

“A estrutura do IAT é o diferencial. Poder contar com a aeronave nos ajudou também no transporte de material, das madeiras que foram cortadas”, acrescentou o chefe da Unidade de Conservação, Juarez Baskoski.

ESPÉCIES EXÓTICAS – Para que uma planta seja considerada exótica e invasora como o pinus, ela precisa se criar e se adaptar fora da sua área de distribuição natural e, sem a intervenção humana, ter a capacidade de sobreviver e proliferar, avançando sobre espécies locais e ameaçando habitats naturais.

De acordo com o Programa do Estado do Paraná para Espécies Exóticas Invasoras, desenvolvido pelo IAT, essa invasão biológica é considerada a segunda maior causa de perda de biodiversidade no mundo – a primeira em ilhas e Unidades de Conservação.

Além do Codó, o projeto de controle da proliferação de espécies exóticas acontece também em outras quatro UCs: os parques estaduais do Cerrado (entre Jaguariaíva e Sengés), Guartelá (Tibagi), Vila Velha (Ponta Grossa) e na Floresta Estadual Metropolitana, em Piraquara.

PINUS – O pinus é uma espécie de pinheiro da América do Norte, inserido no Brasil há mais de um século para fins ornamentais. Porém, desde 1960, é cultivado em larga escala comercial como matéria-prima em indústrias de madeira, laminados, resina, celulose e papel, especialmente nas regiões Sul e Sudeste do País.

A dificuldade do controle do pinus se dá pela anatomia das sementes. Elas são leves e possuem um formato que favorece a aerodinâmica para voarem até oito quilômetros de distância da chamada árvore-mãe. Essa dispersão, quando descontrolada, é prejudicial, pois os galhos que caem da árvore, parecidos com um capim, sufocam e impedem a proliferação da vegetação nativa.

VALE DO CODÓ – O parque possui aproximadamente 760 hectares de área de preservação com grande importância geoturística. Com uma extensão de aproximadamente nove quilômetros e um paredão de pedras de mais ou menos 20 metros de altura, é berço do Rio Jaguariaíva, da Bacia Hidrográfica Itararé.

O vale é margeado por uma mata virgem e espessa e viveiros de várias espécies de animais. O local abriga o cânion do Rio Lajeado Grande, com aproximadamente 450 metros de extensão e desnível de aproximadamente 50 metros.

As principais cachoeiras são a Véu da Noiva, Lago Azul e Andorinhas. A primeira possui um desnível de aproximadamente 50 metros, a segunda de aproximadamente 20 metros e a terceira de 15 metros.

O acesso ao Vale do Codó pode ser feito pela rodovia PR-151. Partindo de Ponta Grossa, no sentido Sengés, nas proximidades da área urbana do município de Jaguariaíva, no km 211 é possível adentrar numa estrada vicinal, sem pavimentação. O parque fica aberto das 9h às 17h. Não é necessário inscrição prévia.

Com informações: AEN.

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