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Daniel Noboa é reeleito presidente do Equador e rival não admite derrota

Com mais de 90% das urnas apuradas, Noboa estava à frente por mais de um milhão de voto; concorrente Luisa González disse não reconhecer os resultados e que exigirá uma recontagem

Noboa e González terminaram o primeiro turno praticamente empatados
Noboa e González terminaram o primeiro turno praticamente empatados -

Publicado Por Milena Batista

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O atual presidente Daniel Noboa foi reeleito presidente do Equador neste domingo (13). Ele venceu a esquerdista Luisa González, em um segundo turno marcado por disputa acirrada e realizado em meio a tensões causadas pela violência ligada ao tráfico de drogas.

Com mais de 90% das urnas apuradas, Noboa estava à frente por mais de um milhão de votos, uma diferença de 12 pontos percentuais (56% contra 44%).

González disse aos apoiadores que não reconhece os resultados e que exigirá uma recontagem.

"Recuso-me a acreditar que um povo preferiria mentiras em vez da verdade, violência em vez de paz e unidade," disse Gonzalez. "Vamos exigir uma recontagem e que abram as urnas."

A votação foi encerrada às 19h (horário de Brasília) e ocorreu sem incidentes de segurança. A eleição registrou quase 84% de participação dos eleitores, segundo Diana Atamaint, presidente do Conselho Nacional Eleitoral.

"Devemos rejeitar firmemente a narrativa de fraude. As acusações infundadas não só prejudicam esta instituição, mas também a confiança na nossa própria democracia", disse Atamaint, enquanto González, que votou na província costeira de Manabi, pediu aos apoiadores que guardassem cada voto.

PESQUISAS - Noboa e González terminaram o primeiro turno praticamente empatados, com uma diferença de 0,17% a favor da candidata de esquerda. Agora, neste segundo turno, analistas e pesquisas apontavam uma disputa voto a voto.

Nas pesquisas de intenção de voto, ambos estavam empatados. A empresa Comunicaliza deu a Noboa 50,3% dos votos válidos e a González 49,7%, enquanto a Telcodata apontava uma vitória da candidata de esquerda com 50,2% contra 49,8% do atual presidente. Ambas as projeções estão dentro da margem de erro.

No sábado (12), Noboa decretou estado de exceção, por 60 dias, em sete de suas 24 províncias, assim como em Quito e no sistema prisional, sob argumento da ameaça do tráfico de drogas no país.

Saiba mais quem é Daniel Noboa, reeleito presidente do Equador

Também na véspera, González denunciou a troca da sua equipe de segurança, no que classificou de ato irresponsável do governo Noboa. O Ministério da Defesa disse que todos os integrantes da equipe estão qualificados para o trabalho.

VIOLÊNCIA - Os últimos anos têm sido brutais para o Equador, país de 18 milhões de pessoas. A violência causada pelo tráfico de drogas levou a um aumento no número de homicídios, ao assassinato de um candidato à presidência, à tomada de prisões por grupos criminosos e a um ataque armado a uma emissora televisiva enquanto seus jornalistas faziam uma transmissão ao vivo.

"Nos noticiários há sangue puro, tiros, sequestros, extorsionários. Não dá para viver assim e, ainda por cima, o que se ganha não é suficiente", disse à AFP Raquel García, de 23 anos, que não tem um emprego fixo.

Isto "trouxe muita tensão, muito nervosismo para esse segundo turno, disse José Antonio de Gabriel, chefe-adjunto da missão de observação da União Europeia, à Teleamazonas.

Informações: g1

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