Líder do PT pede prisão de Bolsonaro após fala da tornozeleira eletrônica
Petição de Lindbergh afirma ao STF que medida cautelar contra Bolsonaro “foi flagrantemente desrespeitada”
Publicado: 21/07/2025, 23:24

O líder do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (PT), pediu a prisão preventiva do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) nesta segunda-feira (21). Ao Supremo Tribunal Federal (STF), o parlamentar apontou que o ex-mandatário descumpriu deliberadamente medida cautelar que o proíbe de usar redes sociais, inclusive através de terceiros, segundo a decisão do ministro Alexandre de Moraes.
Bolsonaro foi ao Congresso para uma reunião com a bancada do Partido Liberal (PL), já ciente da determinação que, além de não utilizar canais digitais, na prática, o impede de dar entrevistas. Por isso ele não participou da coletiva da oposição, que anunciou reações a Moraes. Ao deixar a sede do Legislativo, porém, o ex-presidente mostrou sua tornozeleira eletrônica, afirmando ser inocente e sofrer uma “máxima humilhação”.
A petição de Lindbergh afirma ao STF que a medida cautelar imposta pelo Supremo “foi flagrantemente desrespeitada”. Segundo o parlamentar petista, “o uso de intermediários ou a retransmissão por terceiros não descaracteriza a autoria comunicacional, sobretudo quando há intenção deliberada de contornar a decisão judicial”.
Ainda de acordo com a ação, “o episódio não se restringe a uma infração formal de medida cautelar”. Para Lindbergh, a fala de Bolsonaro está inserida “num quadro maior de continuidade delitiva e golpismo transnacional, que se intensifica desde a tentativa de subversão do processo eleitoral e da ordem constitucional em 2022–2023”.
Dessa forma, o deputado pede a “decretação da prisão preventiva” de Bolsonaro, “em razão da reiteração das condutas, do risco de obstrução da Justiça e da periculosidade concreta da atuação político-digital” do ex-presidente. Moraes deu 24 horas para o ex-mandatário se manifestar sobre as declarações dadas na saída da Câmara, sob risco de detenção - entenda a decisão clicando aqui.
Com informações: Metrópoles.