Motorista se apaixona por garota de programa, leva 'não' e destrói boate
Motorista de aplicativo perseguiu garota de programa e destruiu boate após se envolver em confusão com um cliente
Publicado: 19/03/2025, 09:20

Um motorista de aplicativo deixou enorme prejuízo para uma boate após, indignado com um “não” que levou de uma garota de programa, provocar um acidente e voltar no outro dia para destruir a fachada da casa noturna. A situação aconteceu na segunda-feira (17), no bairro Chapada, em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). A Polícia Civil investiga o crime.
A reportagem da Banda B apurou que os funcionários da boate conheceram o motorista há uma semana. Na quarta-feira (12) passada, ele atendeu a um pedido do aplicativo e buscou as garotas de programa para levá-las para casa.
“Chamaram o app e foram levadas para Campo Largo. No outro dia, pedimos a corrida e era o mesmo motorista. Ele aceitou a corrida, e veio conversando com uma das meninas, forçando uma situação, e falou para ela que queria sair com ela por fora da boate, mas ela disse que não sai com ninguém fora da boate”, contou a dona da boate, que preferiu não ser identificada.
O homem deixou as meninas na boate, e voltou mais tarde. Ele entrou e, segundo a responsável pela casa noturna, “fez o programa, pagou normal, e foi embora depois”.
Na hora do encerramento das atividades, ao chamarem o aplicativo para irem embora, como de costume, o carro que chegou era com o mesmo motorista.
“A moça em questão sempre fica por último, e aí o cara, que estava extremamente bêbado, tomando vodka, começou novamente a falar que queria sair com ela e ela disse que não saia por fora, só atende cliente na boate. O homem começou a forçar a barra, dizendo que ele poderia levá-la e buscá-la todos os dias. Disse inclusive que iria ficar próximo aos endereços na hora dela ir para a boate e voltar também”, detalhou a mulher.
Enquanto tentava intimidar a moça, o motorista disse que era um cara que tinha explodido o próprio carro numa delegacia no ano passado. Ela insistiu que queria ir para a casa, e ele a deixou em casa.
“Na sexta-feira à tarde, ela pediu que não chamasse o mesmo motorista, e ela me contou toda a história do cara, que estava perseguindo ela. Ela acabou não indo de app, eu mesmo a busquei em casa”.
Quando era madrugada, com o segurança sabendo da situação, não chamaram app. O homem chegou, entrou na boate e deixaram, para ver o que iria acontecer.
“Ele perguntou por ela, ela subiu para falar comigo e falou que não iria descer. Ela ficou e o segurança chamou ele para conversarmos com ele. Eu desci, ele perguntou por ela, que horas ela iria embora. Nós chamamos ele num canto e conversamos com ele, ele se exaltou dizendo que não devia nada, que ele não tinha tentado coagir a menina, nem forçou nada, mas ela gravou a viagem, então tinha tudo para provar”, contou a dona da casa noturna.
CONFUSÃO - Enquanto estava com o segurança e a dona da boate, o motorista discutiu com um cliente. Os dois saíram e ele, que estava fazendo “cavalinho de pau” na frente da casa noturna, acabou batendo contra a caminhonete do cliente que tinha acabado de discutir.
“Acabou batendo contra o carro do cliente, que estourou o pneu e deixou no local para no outro dia trocar. O motorista disse que iria voltar porque queria resolver a situação com o cliente, que teria batido nele”, comentou.
No outro dia, o motorista de aplicativo voltou, mas com um caminhão. Foi aí que ele promoveu a verdadeira destruição no local.
“Ele voltou com o caminhão e, sem perguntar, sem pensar em nada, voltou com o caminhão por duas vezes na porta da casa, a caminhonete do cliente estava ali e ele moeu a caminhonete com o caminhão. Bateu em outros carros porque tem uma oficina ali também. Destruiu tudo”, finalizou a mulher.
INVESTIGAÇÃO - A responsável pela casa noturna registrou boletim de ocorrência. Como ela tinha os dados do motorista, por conta das corridas de aplicativo, passou as informações para a Polícia Civil, que investiga o crime.
Em nota, a Polícia Civil informou que o suspeito já foi identificado e o ocorrido está sendo investigado como crime de dano. Segundo o que foi apurado, os fatos foram motivados por um desacordo comercial.
Informações: Banda B, parceiro do Portal aRede