PR terá maior planetário da América Latina com investimento de R$ 37 mi
O planetário do Parque da Ciência, em Pinhais, será capaz de simular o céu e a movimentação de mais de nove mil corpos celestes em alta definição
Publicado: 30/09/2025, 08:46

Um investimento de seis milhões de euros (R$ 37,2 milhões) irá trazer para Grande Curitiba um equipamento alemão capaz de projetar em HD mais de 9 mil estrelas em um planetário. A nova estrutura, que será instalada no Parque da Ciência Newton Freire Maia, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), será a mais moderna da América Latina.
O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda, 29, durante a missão internacional à Alemanha, uma parceria com a Carl Zeiss para compra do equipamento de projeção. A empresa irá fornecer o Sistema Híbrido Indissociável de Projeção para Planetário, no modelo Asterion Premium Velvet LED XI. Veja:
MAIS DE 9 MIL ESTRELAS PROJETADAS - O planetário do Parque da Ciência, em Pinhais, será capaz de simular o céu e a movimentação de mais de nove mil corpos celestes em alta definição. Também será possível projetar animações, shows, vídeos e outros conteúdos com resolução excepcional, proporcionando uma experiência imersiva de última geração.
Estima-se que o espaço poderá receber 140 mil visitantes por ano, entre estudantes e visitantes em geral.
A estrutura será construída em madeira engenheirada, técnica que utiliza camadas de madeira coladas sob alta pressão para formar peças de grande resistência e estabilidade. Esse método permite menor emissão de carbono, maior eficiência estrutural e geração de menos resíduos quando comparado a técnicas convencionais de concreto ou aço.
A utilização de madeira engenheirada também contribui para a sustentabilidade do projeto, pois combina estética, leveza estrutural e durabilidade, possibilitando maior liberdade no design arquitetônico do planetário e de suas áreas de circulação interna, alinhando inovação construtiva com experiência imersiva para os visitantes.
“É o maior e mais moderno planetário da América Latina, que vai somar muito à educação do Paraná. Vamos começar a despertar o interesse pela ciência nos nossos alunos já desde a educação infantil, nas séries iniciais e em toda a educação básica, aproximando a ciência do estudante e incentivando-o a chegar ao ensino superior”, salientou o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda.
“Além disso, o Governo do Estado vai fomentar o acesso dos estudantes por meio do transporte escolar, garantindo que os alunos das escolas públicas possam visitar o planetário. Também haverá formação para os nossos professores de Ciências, Biologia e Geografia. Dessa forma, o Paraná manterá a melhor educação do Brasil, desenvolvendo-se cada vez mais”, finalizou.
NOVIDADE - O novo planetário contará com uma cúpula de 18 metros de diâmetro, auditório para 300 pessoas, salas multiuso, áreas expositivas e observatórios com telescópios. A área construída será de aproximadamente 5.500 metros quadrados.
Além do sistema de projeção, o projeto prevê a realização de cursos, oficinas e eventos científicos que vão permitir o uso educativo contínuo do espaço, ampliando o impacto do planetário para estudantes, professores e a comunidade em geral.
O processo licitatório da obra é conduzido pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar) e está em fase de conclusão, com valor máximo de contratação fixado em R$ 47,3 milhões. Elas devem ser iniciadas ainda em 2025.
O projeto é resultado da articulação entre o Fundepar, a Seti e a Secretaria da Educação (Seed), seguindo o planejamento estratégico estadual para ciência, educação, cultura e turismo.
O planejamento financeiro do projeto também inclui a aquisição de equipamentos complementares para exposição e educação científica, garantindo que o investimento não se limite à construção civil, mas englobe a operacionalização do planetário e a manutenção do espaço por anos.
INCENTIVO - Para o secretário da Seti, Aldo Nelson Bona, o Paraná vive hoje o seu melhor momento em termos de fomento e financiamento de ativos tecnológicos. “É um investimento importante e um marco para a ciência, sobretudo para a popularização do conhecimento científico, porque é um ambiente que favorece a pesquisa, mas, principalmente, desperta o interesse do jovem, do estudante e do cidadão por temas ligados à ciência”, afirmou.
“A instalação desse equipamento vem coroar esse processo, fazendo com que possamos crescer cada vez mais na qualidade do trabalho produzido em nossas universidades, atingindo toda a população e, sobretudo, a educação básica, para solidificar ainda mais o Estado como referência em ciência, tecnologia e inovação”, arrematou o secretário.
O reitor da UEPG, Miguel Sanches Neto, destacou o papel da instituição de ensino superior para a consolidação da parceria com a Zeiss. “A universidade tem um conhecimento consolidado nessa área e nós trabalhamos em conjunto com a Seti e com a Seed para que pudéssemos ter, no Paraná, esse importante equipamento. Trata-se de um recurso para pesquisa, que vai permitir não apenas avançar nos estudos, mas, principalmente, promover a divulgação científica”, disse. “É uma união do ensino superior com o ensino fundamental e a educação básica, para que possamos formar pessoas com conhecimento científico desde a juventude”, disse.
Informações: Bem Paraná