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Quem é Roberval Andrade, piloto de Fórmula Truck preso em operação da PF

Além do empresário, os policiais Sérgio Ricardo Ribeiro e Marcelo Bombom também foram presos suspeitos de participar de esquema de corrupção

O piloto Roberval Andrade é bicampeão da Fórmula Truck e campeão da Copa Truck
O piloto Roberval Andrade é bicampeão da Fórmula Truck e campeão da Copa Truck -

Publicado por Lucas Veloso

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O piloto Roberval Andrade, bicampeão da Fórmula Truck e campeão da Copa Truck, foi preso pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (25) durante uma operação que apura um esquema de corrupção e vazamento de informações sigilosas envolvendo agentes públicos e particulares em São Paulo.

Andrade é investigado por lavagem de dinheiro e corrupção. A defesa dele informou que está solicitando ao Juízo competente sua habilitação nos autos que originou o decreto da prisão, para se manifestar posteriormente.

Aos 54 anos e com 25 temporadas de experiência nas pistas, Roberval Andrade compete atualmente pela AGS MotoSport, equipe oficial da Mercedes-Benz na Copa Truck. No total, ele soma quatro títulos: dois na Fórmula Truck, um na Copa Truck e outro como “Equipe Campeã 2022”.

Além dele, os policiais civis Sérgio Ricardo Ribeiro, conhecido como “Serginho Denarc”, e Marcelo Marques de Souza, conhecido como “Marcelo Bombom”, também foram presos.

Segundo o inquérito da Polícia Federal, os suspeitos atuavam para favorecer ilegalmente pessoas investigadas em inquéritos criminais mediante o pagamento de propina.

Investigador Sérgio Ricardo Ribeiro, conhecido como “Serginho Denarc”
Investigador Sérgio Ricardo Ribeiro, conhecido como “Serginho Denarc” |  Foto: Reprodução/PF.

Bombom teria atuado como elo entre Roberval e o advogado Anderson dos Santos Domingues, conhecido como “DR” — também investigado — em tratativas relacionadas à liberação de um helicóptero, mediante pagamento de valores que chegaram a R$ 700 mil.

Em conversas interceptadas, Bombom afirma que a situação estava “acertada” e aguardava apenas a conclusão do pagamento para a emissão do documento de liberação do equipamento, indicando envolvimento direto do piloto nas tratativas ilícitas.

A investigação também identificou que Marcelo Bombom mantinha relação próxima com o policial Sérgio Ricardo Ribeiro, a quem recorria para tratar de intimações e inquéritos de interesse de seus contatos — inclusive em uma ocasião em que chegou a negociar a não oitiva de um investigado, o que configuraria obstrução de investigação.

OPERAÇÃO AUGUSTA - Entre os crimes apurados estão o arquivamento irregular de procedimentos policiais, o repasse clandestino de dados protegidos por sigilo e a intermediação ilícita para restituição de bens apreendidos, com uso de documentos falsificados.

Um dos episódios que motivou a Operação Augusta foi a tentativa de restituição de um helicóptero bloqueado pela Justiça. A aeronave está entre os bens e recursos identificados no esquema, que podem totalizar até R$ 12 milhões.

Ao todo, estão sendo cumpridos três mandados de prisão preventiva e nove mandados de busca e apreensão – cinco na capital paulista, três na região metropolitana e um na cidade de Praia Grande. As ordens foram expedidas pelo Poder Judiciário de São Paulo.

A ação conta com apoio da Polícia Militar e da Corregedoria da Polícia Civil.

Os investigados poderão responder por crimes como corrupção ativa e passiva, violação de sigilo funcional, quebra de sigilo bancário e advocacia administrativa. As apurações seguem sob sigilo.

Desdobramento da Operação Tacitus

Sete pessoas, inclusive um delegado e três policiais civis foram presos em 17 de dezembro de 2024 durante a Operação Tacitus. O trabalho envolveu 130 policiais federais, apoiados pela Corregedoria da Polícia Civil e pelo Ministério Público, dando cumprimento a oito mandados de prisão e 13 de busca e apreensão nas cidades de Bragança Paulista, Igaratá, Ubatuba e na capital.

Na época, a Secretaria de Segurança de São Paulo (SSP) afirmou em nota que a operação buscava desarticular uma organização criminosa voltada à lavagem de dinheiro e crimes contra a administração pública (corrupção ativa e passiva).

A ação aconteceu no âmbito das investigações sobre a execução do delator Vinícius Gritzbach, em 8 de novembro, no aeroporto de Guarulhos. O esquema criminoso envolveria manipulação e vazamento de investigações policiais, venda de proteção a integrantes do PCC, além de lavagem de dinheiro para a organização criminosa.

Todos os alvos da Operação Tacitus teriam sido delatados por Gritzbach, por envolvimento em corrupção. O delegado Fábio Baena Martin foi detido, juntamente com os investigadores Eduardo Lopes Monteiro, Rogério de Almeida Felício, Marcelo Ruggieri, Marcelo Bombom e outras três pessoas.

Os demais presos foram Ademir Pereira Andrade, Ahmed Hassan e Robinson Granger de Moura. Em nota, a defesa de Fábio Baena afirmou que estava indignada e que a prisão não possuía necessidade.

Com informações de: CNN Brasil.

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