Dom Sergio abençoa obra de nova capela em Ponta Grossa | aRede
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Dom Sergio abençoa obra de nova capela em Ponta Grossa

Pedra fundamental da São Domingos de Gusmão recebeu a bênção

Após a comunhão, houve o rito da bênção da pedra fundamental
Após a comunhão, houve o rito da bênção da pedra fundamental -

Publicado Por João Iansen

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Representantes das quatro comunidades da Paróquia Santa Rita de Cássia acompanharam, no sábado (13), a bênção do terreno e da pedra fundamental da nova Capela São Domingos de Gusmão, no Parque Auto Estrada, dada pelo administrador apostólico Dom Sergio Arthur Braschi. A bênção, que se estendeu a todos que ali estavam, marcou o compromisso da comunidade em edificar uma nova casa de oração e simbolizou o vínculo de unidade da igreja diocesana, representado pela presença do bispo emérito. A celebração aconteceu e lotou o salão de festas, apesar do frio e da chuva.  

Dom Sergio ao comentar a preciosidade das leituras do dia, destacou que ninguém pode proclamar a Palavra de Deus se não for enviado, se não receber a missão. Lembrou o primado de Pedro, continuado na figura dos Papas, e citou as importantes propostas do Santo Padre, Papa Francisco, referindo-se ao Sínodo e ao Ano Santo de 2025. “No tempo de Santa Rita aconteceu o primeiro Ano Santo da história e ela foi até Roma e visitou a basílica e o túmulo de São Pedro”, comentou o administrador apostólico. Dom Sergio citou o histórico momento que a Diocese está vivendo com a eleição de um novo bispo e a aceitação de sua renúncia pelo Papa, com sua consequente passagem a bispo emérito. “Como administrador apostólico fico dois meses, desde o dia 10 de junho, quando o Papa aceitou minha renúncia, até a posse do novo bispo, no dia 10 de agosto”, frisou.

O bispo emérito falou da responsabilidade de todos nós, que, pelo batismo, somos incumbidos de levar o Evangelho a todos. “Somos chamados a sermos, em Cristo, filhos adotivos de Deus e, através Dele, pelo batismo, chamados a viver essa sinodalidade. É com muita alegria que estou hoje aqui na comunidade para benzer a pedra fundamental, a primeira pedra, que ficará ali no terreno como alicerce, lembrando Jesus, a pedra que os construtores rejeitaram”, comparou Dom Sergio. O bispo contou, em seguida, detalhes sobre a vida do padroeiro da capela, citando que São Domingos de Gusmão foi um pregador espanhol importante no combate das heresias que ganharam o mundo católico entre os anos 1.100 e 1.200. “Pouca gente sabia ler, mas o povo era bom e queria viver a Igreja. A Ordem de São Domingos percorreu a Europa pregando e ensinando as verdades do Evangelho”, acrescentou. Dom Sergio. Na década de 1960, os padres ‘dominicanos’ (chamados os da Ordem de São Domingos) assumiram a administração da Paróquia Santa Rita de Cássia.

Após a comunhão, houve o rito da bênção da pedra fundamental, que, depois seria colocada na área onde está sendo erguido o novo templo. O bispo e os padre Evandro e Sérgio Rocha (que concelebravam) foram até a porta do salão e aspergiram água benta no terreno e na construção, Junto com a pedra, foram abençoados alguns envelopes e sementes, que seriam enterrados com a pedra. Foi lida a ata que descreveu o rito, assinada, em seguida, pelo bispo e por todos os concelebrantes e mais algumas testemunhas. A pedra fundamental, os demais objetos, um tijolo da antiga capela e relíquias de São Domingos serão enterrados no local exato onde ficará o altar da nova igreja.

Dom Sergio foi homenageado pelos integrantes das quatro comunidades da paróquia.

Dom Sergio foi homenageado pelos integrantes das quatro comunidades da paróquia.
Dom Sergio foi homenageado pelos integrantes das quatro comunidades da paróquia. |  Foto: Pascom Paróquia Santa Rita de Cássia.
 

HISTÓRIA - Segundo um levantamento histórico feito pela comunidade, a capela teve sua origem pela necessidade de atender às demandas religiosas dos moradores locais, os quais, na época, encontravam dificuldades para participarem das missas e demais atividades da Igreja devido a distância entre o Bairro da Ronda, onde está localizada a matriz, e a Vila do Parque Auto Estrada, na região do Contorno, em Ponta Grossa. Aproximadamente 2,5 quilômetros separam as duas localidades, e sem contar os demais problemas de acesso que existiam na época. Algumas vias, como por exemplo, a Avenida Visconde de Taunay, não existiam. Não havia transporte público que atendesse a essa região, nem tampouco os moradores possuíam veículos ou outros meios de transporte, visto que a vila era habitada por pessoas, na sua grande maioria, com poucos recursos financeiros. O acesso mais fácil à Igreja matriz era feito pela Rua Baltazar Lisboa que não tinha pavimentação e também, rua onde passa o arroio da Ronda, que em épocas de chuva alagava e impossibilitava a passagem dos moradores.

Alguns moradores optavam por participar da Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, no Núcleo Santa Paula, para evitar o ponto de alagamento, mas em termos de distância praticamente não mudava nada. Naquele momento, as pessoas não tinham certeza de pertencimento à paróquia ou Setor, simplesmente tinham a sede de encaixar-se em alguma comunidade. No início dos anos 80, o pároco da época, frei Luís (Ordem dos Pregadores), juntamente com frei Olaf Lewis Cini (OP) e frei Rafael O. Cini, conhecendo as necessidades do povo do Parque Auto Estrada, tiveram a iniciativa de celebrar missas nas casas dos moradores para que um maior número de pessoas conseguisse ter acesso à Igreja e suas atividades sem tantos obstáculos. Entre muitas pessoas que tiveram missas celebradas em suas residências, ressalta-se a família de Luiza Camargo, que inúmeras vezes disponibilizou a garagem da sua casa para as celebrações.

Neste mesmo período, a prefeitura construiu um centro comunitário, chamado Dom Oscar Romero, na Rua Afonso Vicente, bem no meio do maior aglomerado de casas que existia na vila naquela época. O mesmo foi gentilmente cedido pela associação de moradores para que a comunidade utilizasse o local para as celebrações das missas e outras atividades pastorais. Além das missas, já despontava a Catequese no bairro; inicialmente os encontros aconteceram na casa de Olga Schenk. “Somos gratos à duas das primeiras catequistas da comunidade, Ana Lúcia Rasinski e Maria de Lourdes Rasinski, moradoras do bairro da Ronda, que serviram por vários anos na comunidade”, ressalta o histórico.

Também havia um pequeno grupo de jovens, o grupo JAVÉ (Jovem – Amor- Vida e Esperança) que se reunia toda semana para refletir assuntos variados, para rezar o terço nas casas dos aniversariantes e também para convivências sociais e esportivas. Esses mesmos jovens cantavam na missa juntamente com um dos primeiros músicos a servir na comunidade, Zenildo Taborda. Havia um grupo de pessoas, que surgiu naturalmente, liderando as atividades da capela, organizavam alguns pequenos eventos com o intuito de angariar fundos para comprar um terreno e construir uma capela. Mesmo pequena, a comunidade perseverava com ânimo e união, tanto no aspecto material como no espiritual.

Em 1985, frei Rafael, pároco da época, consultou a Mitra Diocesana e descobriu que no Parque Auto Estrada havia um terreno que poderia ser destinado para a construção da capela. Logo então, sob lonas, no dia 22/12/1985 foi celebrada a primeira missa no terreno da capela, na Rua Paraíso do Norte, lote 4, quadra 18, ao lado de onde hoje é a quadra de esportes. Em 29/12/1985 foi escolhida a primeira comissão organizadora da capela (corresponde ao que seria o CPC hoje) entre aqueles que já lideravam a comunidade naturalmente, para que o quanto antes iniciassem a construção de uma pequena capela. A comunidade não contava com recursos financeiros suficientes para iniciar a construção de uma capela no terreno, então, o ministro extraordinário da Comunhão e da Esperança, Enori Leandro Ioungblod, doou algumas madeiras que eram da sua residência para construir um pequeno barracão com 30 metros quadrados e também alguns bancos. As pessoas se mobilizaram em mutirão e logo estava pronta a pequena ‘capela de madeira’ com piso de cimento queimado, o altar improvisado com uma mesa de cozinha e não mais do que oito bancos colocados em uma única fileira no centro do imóvel. Mesmo com muita simplicidade a comunidade estava animada, crescia a cada dia e ansiava por algo maior e melhor.

O conselho da comunidade analisou, e pensando no futuro e no crescimento da comunidade, viu a necessidade da aquisição de mais um terreno ao lado de onde situava-se a capela. Procurando pelos proprietários, não conseguiram fechar a compra, pois os mesmos não tinham interesse em vender os terrenos. Em 1990, surgiu a oportunidade de permutar o terreno da capela por outro na mesma quadra e adquirir mais um terreno ao lado, onde atualmente localiza se o salão de festas da capela, na Rua Paraíso do Norte.

Em 21/04/1990 a comunidade mudou-se para o atual terreno. Neste local, inicialmente, foi construída uma capela com um pequeno salão de festas aos fundos, no projeto inicial falava-se em uma capela com 120 m² e um salão com 200 metros quadrados. No início de 1995 a comunidade teve um espaço adequado para a colocação do sacrário com a presença de Jesus Eucarístico na capela. Mais tarde foi iniciada a construção de um grande salão de festas com cozinha, banheiros e projeto para salas de catequese.

Muitos freis dominicanos passaram pela paróquia entre os anos de 1988 e 1990. Iniciava-se uma época de transição e após muitos anos acostumados com a administração dos dominicanos a comunidade sentiu um pouco de insegurança pelo desconhecido que viria. Em 1990 os dominicanos deixaram definitivamente a paróquia, a qual passaria a ser administrada pelos padres seculares por um breve período e logo após pelos diocesanos. Os diocesanos deixaram a comunidade em 2002 e quem assumiu em 2003 foi o padre Wilton Moraes Lopes, redentorista, fundador da Copiosa Redenção. Junto com ele chegavam os Servos da Misericórdia. Trouxeram muitas novidades para a comunidade e a partir de 2006 assumiram a administração paroquial. Foram eles os responsáveis pelas últimas reformas realizadas na capela em 2009. Nesta reforma foi colocado revestimento no piso, trocado o forro de madeira por PVC, trocada a porta de entrada e janelas, feita a textura nas paredes, colocado ar condicionado e grades pantográficas, adquiridos novos bancos e também um novo sacrário.

Em 2019 os Servos da Misericórdia deixaram a paróquia, e desde 2020, esta encontra-se sob a administração do padre Evandro Luis Braun, sacerdote. Demolida em dezembro de 2022, a igreja está com as obras em fase de fundação desde o início de junho deste ano. Os serviços estão orçados em aproximadamente R$ 1 milhão, incluindo a nova capela e a reconstrução do salão de festas. Serão acrescidos outros 13,95 metros quadrados. Atualmente, a igreja tem 499,84 metros quadrados. As obras acontecem no mesmo espaço da antiga capela, desde o dia 13 de maio. As celebrações foram transferidas para o salão de festas.

PADROEIRO - O padroeiro da capela São Domingos de Gusmão foi escolhido devido à sua grande influência e importância na vida da comunidade, que por muitos anos foi conduzida pelos freis dominicanos. Frei Rafael, pároco da época da fundação da capela, foi quem apresentou São Domingos de Gusmão à comunidade em 12/01/1986, que em consenso, acolheu com muito amor e devoção a este grande padroeiro. São Domingos de Gusmão foi um santo espanhol que dedicou sua vida a amar a Deus, a falar somente com Deus ou de Deus, através da pregação do Evangelho e da difusão do santo Rosário.

"Sua escolha como padroeiro reflete a busca da comunidade em seguir o exemplo de São Domingos de Gusmão, através do compromisso com a fé e com a evangelização das pessoas, e também no auxílio aos necessitados”, justifica o histórico da capela.

Com informações da assessoria de imprensa.

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