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Secretário diz que entendimento judicial não impede aditivo investigado pela CEI da PGA

Chefe da pasta da Fazenda, Cláudio Grokoviski, afirma que mesmo com a falta de licitação do aditivo, o processo ocorreu dentro da legalidade

Cláudio Grokoviski respondeu aos questionamentos dos vereadores que integram a CEI da PGA
Cláudio Grokoviski respondeu aos questionamentos dos vereadores que integram a CEI da PGA -

Publicado por Kadu Mendes

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A Comissão Especial de Investigação (CEI) que investiga o Contrato 189/2008 e seu 36° Aditivo, firmado entre a Prefeitura Municipal e a Ponta Grossa Ambiental (PGA), empresa responsável pela coleta de lixo no município, ouviu, nesta terça-feira (22), o secretário municipal da Fazenda, Cláudio Grokoviski. Participaram da oitiva os vereadores Professor Careca (PV), presidente da Comissão; Fábio Silva (Republicanos), o relator; e Teka dos Animais (União Brasil), membro.

Durante a oitiva, o secretário foi questionado sobre os critérios para autorização dos pagamentos relacionados à Usina de Biogás, que teria sido construída mediante aditivo que não passou pela aprovação da Câmara Municipal. “O que pagamos hoje com relação à usina, é o investimento a longo prazo e manutenção dos serviços. Já tínhamos o contrato com a concessionária, então entendeu-se na época que seria mais viável uma consulta com a própria empresa para a construção da usina. Lembrando que na época, o aterro do Botuquara estava fechado, então a usina veio para suprir esse serviço de coleta de resíduos e sua destinação final”, respondeu Cláudio.  

Sobre a falta de licitação do aditivo e de não ter passado pelo crivo dos vereadores, o secretário disse que a pasta a que ele responde é a destinação final do processo. “Tudo o que fazemos na secretaria da Fazenda, como em um aditivo como esse, ele passa anteriormente por assessorias jurídicas e orçamentárias, então ele chegou para nós mediante um processo legal, a partir disso autorizamos os pagamentos relacionados ao aditivo”, falou o secretário.  

Grokoviski ainda disse que em decisão recente, através de acórdão, a Justiça compreendeu que o aditivo está dentro da legalidade, de forma parcial. “Esqueci de mencionar anteriormente que, em decisão recente, a Justiça entendeu que não há impedimento jurídico na continuidade da execução do aditivo, então o Município entende que, até o momento, é possível continuar com o contrato”, completou o depoente.  

Secretário destaca que Justiça entende que não há impedimento jurídico na continuidade da execução do aditivo
Secretário destaca que Justiça entende que não há impedimento jurídico na continuidade da execução do aditivo |  Foto: Divulgação/CMPG.
  

Com relação ao acórdão, a Comissão rebateu o secretário com relação a parcialidade da legalidade do aditivo. “A Justiça reconheceu parcialmente, uma vez que a Prefeitura não apresentou as despesas com CAPEX e com OPEX da Usina, então não podemos considerar que a decisão está finalizada. Até porque cabe recurso dessa decisão.”, rebateu Professor Careca (PV), presidente da Comissão.  

Questionado sobre a transparência do processo, a Comissão indagou a falta da divulgação dos pagamentos relacionados ao aditivo no Portal da Transparência. “Pode ser um erro na pesquisa, que podemos auxiliar a Comissão na procura por esses pagamentos, ou mesmo alguma falha no processo. Mas podemos verificar se há algum erro no Portal, e enviar à Comissão, através de requerimento, pois quando é autorizada a despesa, nós tiramos uma cópia das notas fiscais desses pagamentos e anexamos ao Portal da Transparência, então todos esses pagamentos devem constar lá”, respondeu o secretário.

Com relação à fiscalização, a Comissão questionou a necessidade de contratação de mais fiscais, considerando a importância e os valores do contrato. “Entendemos que o contrato deveria ter mais fiscais, ou mesmo que o Município buscasse por uma fiscalização terceirizada se fosse o caso. Em 2021, através de indicações das secretarias envolvidas, orientamos que fossem desmembrados os serviços com relação ao número de fiscais, então tivemos um aumento dessa fiscalização”, disse Cláudio.  

Ainda sobre a fiscalização, diante dos depoimentos prestados nas oitivas anteriores, os fiscais afirmaram a falta de treinamento para exercer a função de fiscal. O secretário foi questionado sobre os motivos dessa falta de treinamento. “Cabe a cada secretaria oferecer capacitação aos servidores. Na secretaria da Fazenda, na qual sou o responsável, a cada mudança no Tribunal de Contas, por exemplo, faço a solicitação da capacitação dos servidores para que estes se atualizem e possam exercer as atividades”, respondeu.

Das assessorias

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