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Capacidade cognitiva está ligada à menor resposta emocional

Especialistas explicam o impacto da inteligência emocional em todos os âmbitos da vida

Gisele Hedler é empresária e uma entusiasta em Nutrição Funcional. Especialista em saúde emocional, física e espiritual
Gisele Hedler é empresária e uma entusiasta em Nutrição Funcional. Especialista em saúde emocional, física e espiritual -

Da Redação

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No mundo acelerado e dinâmico dos negócios de hoje, a inteligência emocional emergiu como uma habilidade essencial para o sucesso profissional e pessoal. A capacidade de compreender, gerenciar e utilizar eficazmente as emoções, tanto as próprias quanto as dos outros, desempenha um papel fundamental no ambiente de trabalho. De acordo com um estudo publicado em agosto na revista Intelligence, pessoas com maior capacidade cognitiva geral apresentam padrões de resposta emocional distintos, caracterizados por picos mais lentos e menos intensos, se comparado com aqueles com menor capacidade cognitiva.

Para explorar como a capacidade cognitiva pode interferir no processamento emocional, os pesquisadores realizaram dois estudos diferentes. O primeiro estudo consistiu em quatro experimentos separados com o objetivo principal de investigar a relação entre a capacidade cognitiva geral e a dinâmica emocional em resposta a estímulos visuais. Os voluntários, com idade média de 18 anos, foram instruídos a avaliar continuamente suas reações afetivas, com um mouse do computador, a partir da visualização de imagens com valência emocional.

Já o segundo estudo, teve como objetivo replicar e ampliar as descobertas da primeira parte da pesquisa. Aqui, eles usaram um método diferente de resposta, pressionando botões em conjunto diferente de imagens com valência emocional. Em ambos os estudos, os investigadores descobriram que os participantes com maior capacidade cognitiva medida através de pontuações ACT (um teste padronizado comumente usado para admissão em faculdades nos Estados Unidos) exibiram padrões distintos nas suas reações emocionais em comparação com aqueles com menor capacidade cognitiva.

Segundo a especialista em comportamento humano, Gisele Hedler, a inteligência emocional não trata apenas de competências técnicas; é uma ferramenta poderosa que pode influenciar positivamente a colaboração, a liderança e o crescimento individual, além de impactar positivamente em relacionamentos, e até mesmo em uma comunicação mais assertiva. 

Para especialista em carreira, Patricia Y. Agopian, a Inteligência emocional no mundo corporativo, é uma das habilidades mais importantes ao lidar com pessoas em situações adversas.  Trata-se de “ler” o outro e saber falar de uma forma que o outro entenda e acalma a emoção do outro.

Influência nas relações humanas

Para Gisele, a inteligência emocional é a base das relações humanas saudáveis e significativas. A habilidade de compreender as emoções de outras pessoas, demonstrar empatia genuína e comunicar-se de forma eficaz é fundamental para a construção de laços fortalecidos. “Em um relacionamento, seja amoroso, profissional ou até mesmo de amizade, precisamos agregar a ele resultados, e não ser apenas um ‘sanguessuga’, que sempre espera receber dos outros, mas nunca está disposto a doar”, pontua a especialista. Essas relações interpessoais sólidas são essenciais tanto no ambiente pessoal quanto no profissional, permitindo colaboração, resolução de conflitos e criação de ambientes harmoniosos”, pontua Hedler.

Patricia acrescenta que a Inteligência Emocional, usada no mundo corporativo, deve ser aplicada na fala com o liderado, com o parceiro de negócio, com o superior e com os executivos da empresa. “Entendendo a linguagem de cada um, entendendo quais são as necessidades, as angústias, os desejos de cada cargo, fica muito mais fácil você fazer uso da inteligência emocional e se conectar com as pessoas. Por isso que é uma habilidade fundamental para lidar com a sua emoção e com a emoção do outro” ressalta.

Controle das emoções e melhor liderança

Nos cenários de liderança, a inteligência emocional se destaca como um fator determinante. Para Gisele, líderes emocionalmente inteligentes são capazes de inspirar, motivar e criar um ambiente positivo para suas equipes. Eles compreendem as necessidades e emoções de seus colaboradores, promovendo um clima de confiança e engajamento.

“Em todos os âmbitos da nossa vida, muitas vezes a gente vai precisar segurar na mão de alguém para ajudá-lo. Mas, para fazer isso, temos primeiramente que liderar nós mesmos, isso significa que precisamos liderar nossas próprias emoções e não sermos reativos. É preciso sair do lugar de vítima”, explica.

Além disso, a inteligência emocional está diretamente ligada à capacidade de comunicar de maneira eficaz. A compreensão das próprias emoções permite uma comunicação mais clara e assertiva, evitando mal-entendidos e conflitos. Para isso, é necessário ter empatia, que permite compreender o ponto de vista dos outros, facilitando a comunicação e construindo ligações entre diferentes perspectivas, explica Gisele.

A especialista em carreira diz que um líder que não tem a inteligência emocional corporativa trabalhada é um líder que cai em armadilhas e gatilhos emocionais o tempo todo. Então, se deixa levar por uma provocação que vem do time, uma provocação que pode vir de um par, uma provocação que vem até de um líder na busca por um resultado. E muitas vezes esses gatilhos emocionais fazem com que esse líder, embora tenha o conhecimento e condição de conduzir pessoas para resultados superiores, acabe fracassando no dia a dia.

“Quando a emoção toma conta, a sua capacidade de raciocínio é muito diminuída. E o líder, quanto mais para cima está, mais estratégico é, e muito menos emocional você pode ser. Dentro do mundo corporativo, a emoção pode ser vista como um sinônimo de imaturidade e despreparo, mesmo que não seja uma verdade.  Então a liderança sem inteligência emocional corporativa dificilmente vai funcionar, ela tende a fracassar porque a pessoa entra numa discussão que não tem nenhum sentido”, explica Patricia.

Melhores decisões

A inteligência emocional desempenha um papel vital na tomada de decisões. “Quando consideramos não apenas os aspectos lógicos, mas também as implicações emocionais de uma escolha, conseguimos tomar decisões mais informadas e equilibradas. Isso é um destaque em ambientes de trabalho e liderança, onde decisões impactam equipes, resultados e relacionamentos”, afirma a especialista em comportamento.

O ambiente corporativo é um pouco mais desafiador, porque as pessoas estão lá competindo por um espaço, competindo por uma visibilidade. “Então, se você não tem a sua inteligência emocional corporativa trabalhada, você toma decisões emocionais, ou seja, decisões que vão satisfazer o seu ego”, pontua Agopian.

Resiliência e Gerenciamento de Estresse

Indivíduos com alta inteligência emocional tendem a ser mais resilientes diante dos desafios. “É preciso sair da zona de conforto, se autodesafiar todos os dias e parar de reclamar. É sobre fazer o que precisa ser feito e ter resiliência para continuar. Essas pessoas são capazes de terem uma melhor compreensão de suas próprias emoções e lidar com o estresse de maneira saudável”, exemplifica. Essa resiliência os ajuda a enfrentar adversidades com confiança, encontrar soluções criativas e manter um equilíbrio emocional.

Gisele finaliza defendendo que investir no desenvolvimento da inteligência emocional é um passo crucial para o crescimento pessoal e profissional. Aumentar a autoconsciência, a autogestão, a empatia e as habilidades sociais não apenas enriquece a experiência de vida, mas também abre portas para oportunidades de carreira. Profissionais emocionalmente inteligentes muitas vezes são mais adaptáveis, resilientes e têm uma vantagem competitiva, segundo ela.

Com informações: Assessoria da imprensa. 

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