Não cumpriu as metas do ano? Especialistas orientam como lidar com a frustração
Psicólogas do Espaço Cuidar do Plano de Saúde São Camilo e educadores físicos reforçam a importância de metas realistas, constância e movimento
Publicado: 17/12/2025, 09:42

O fim do ano chega e, junto com ele, uma pergunta comum: será que todas as metas traçadas lá em janeiro foram cumpridas? Para muitas pessoas, a resposta é não e isso pode gerar frustração, culpa e até desânimo. Pensando nisso, o Viver Bem reuniu psicólogas do Espaço Cuidar do Plano de Saúde São Camilo e educadores físicos do Dynamis Treinamento para conversar sobre equilíbrio emocional, constância e autocuidado neste período de transição para um novo ano.
Segundo as psicólogas Ana Alice Moreira, Amanda Molina e Tais Paris, um dos principais erros desta época é o chamado “pensamento do já que”. “Já que é final de ano, eu vou exagerar; já que estou com a família, vou abandonar totalmente a rotina”, explica Tais. Esse comportamento, segundo elas, acaba rompendo completamente hábitos construídos ao longo do ano, o que pode gerar ainda mais frustração.
Para evitar esse ciclo, o planejamento continua sendo fundamental. Pequenas atitudes fazem diferença, como manter uma boa hidratação, não pular refeições, priorizar proteínas e preservar o mínimo de rotina possível. “O nosso cérebro responde muito bem à previsibilidade. Mesmo pequenas ações ajudam a manter o equilíbrio”, reforçam as profissionais do São Camilo.
A psicóloga Amanda Molina chama atenção para outro ponto importante: metas irreais. “Muitas frustrações vêm de objetivos que não conversam com a realidade da pessoa. Às vezes a meta depende de fatores externos, do ambiente, de outras pessoas. Quando isso não é levado em conta, a frustração é quase certa”, explica. Para ela, o ideal é alinhar expectativas, respeitar limites e buscar apoio profissional quando necessário.
Já Ana Alice Moreira destaca a relação entre a falta de atividade física e o isolamento social. “A ausência de exercício pode levar a um ciclo de desânimo, cansaço e até sintomas depressivos, o que afasta a pessoa do convívio social”, afirma. Ela lembra que o movimento também é uma forma de cuidado emocional.
Nesse contexto, os educadores físicos João Vitor Nóbrega e Guilherme Beusso reforçam que constância não é sinônimo de intensidade. “Muita gente começa o ano querendo treinar todos os dias ou perder muito peso rápido, mas isso não se sustenta”, explica João. Na prática, o foco deve estar no básico: criar o hábito, melhorar a mobilidade, ganhar força e manter o corpo em movimento.
Guilherme complementa que, especialmente no fim do ano, adaptar a rotina é mais saudável do que abandonar tudo. “Se não deu para treinar como o planejado, uma caminhada de 10 ou 20 minutos, um alongamento ou uma mobilidade em casa já fazem diferença. O importante é não parar”, orienta.
Outro alerta das psicólogas é sobre quando buscar ajuda profissional. “Quando o desconforto começa a atrapalhar a rotina, gerar pânico, ansiedade intensa ou isolamento, é sinal de que é hora de procurar um profissional”, reforçam.
A conversa termina com uma mensagem em comum entre todos os especialistas: corpo e mente caminham juntos. Manter-se em movimento, respeitar limites, ajustar expectativas e buscar apoio são atitudes que ajudam não só a encerrar melhor o ano, mas também a começar o próximo com mais equilíbrio e saúde.
O Plano de Saúde São Camilo, por meio do Espaço Cuidar, reforça seu compromisso com a saúde integral, oferecendo suporte psicológico e incentivando práticas que promovem qualidade de vida durante todo o ano, inclusive nos períodos mais desafiadores, como o fim de ano.





















