Klabin iniciará produção de fábrica de R$ 12,9 bi na região em junho

O maior investimento privado da história do Paraná, consolidado pela Klabin no município de Ortigueira, na região dos Campos Gerais, entrará em operação no próximo mês. O investimento total no Projeto Puma II é de R$ 12,9 bilhões, e está sendo concluído no complexo fabril onde opera, desde 2016, a Unidade Puma I, às margens da Estrada da Campina, nas proximidades da divisa com o município de Telêmaco Borba. Em medição realizada em abril, a construção da segunda Máquina de Papel (MP28) do Projeto Puma II atingiu 92% de execução. As informações constam no release de resultados do primeiro trimestre, divulgado nesta quarta-feira (3) pela Companhia.

As obras do Projeto Puma II foram iniciadas em julho de 2019 e foram divididas em duas fases: a primeira para construir a Máquina de Papel 27, que foi concluída no segundo semestre de 2021, e a segunda para a construção da Máquina de Papel 28, cujo start-up está previsto para junho de 2023. Neste período, o investimento total já alcançou R$ 11,6 bilhões, sendo que apenas neste primeiro trimestre de 2023, foram aportados R$ 521 milhões na unidade, restando R$ 1,3 bilhão para ser aplicado. “Os investimentos remanescentes para a conclusão do Projeto serão financiados pela posição de caixa da Companhia e pela geração de caixa proveniente dos negócios correntes, podendo ser complementado pelo saque de financiamentos já contratados e ainda não sacados junto a ECA’s, BID Invest, IFC, JICA e Finnvera, sem necessidade de contratação de financiamentos adicionais”, descreve o relatório.

Enquanto a MP27, com capacidade produtiva de 450 mil toneladas anuais, produz o ‘Eukaliner’, o primeiro papel kraftliner (‘kraft’) do mundo feito 100% com fibras de eucalipto, a MP28 produzirá papel-cartão, que é utilizado para a fabricação de caixas de produtos alimentícios, como leite e suco, por exemplo. Sua capacidade produtiva será de 460 mil toneladas anuais.

Unidades e linhas são interligadas

Em abril foi realizada a parada geral de manutenção programada na unidade de Ortigueira, Puma I (celulose) e Puma II (papéis), cujas atividades já foram retomadas e a fábrica está operando normalmente. A parada teve duração maior do que um evento típico em função de escopo e interligações do Puma II. A linha de fibras passou por diversas reformas e ampliações para aumento da sua capacidade, a fim de se preparar para alimentar as duas máquinas de papel. Além das atividades de interligação, houve o comissionamento e a partida da Linha.