Klabin recebe aporte de R$ 1,8 bi para monetizar ativos florestais
Companhia também estabeleceu nova política de pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio
Publicado: 30/10/2024, 14:39
A Klabin, maior produtora e exportadora de papéis para embalagens e soluções sustentáveis em embalagens de papel do Brasil, anunciou a assinatura de um acordo com uma Timber Investment Management Organization (TIMO) para a monetização de seus ativos florestais.
O aporte de R$ 1,8 bilhão será realizado pela TIMO para investimento conjunto em quatro Sociedades de Propósito Específico (SPEs), que serão controladas pela Klabin. As SPEs somam 60 mil hectares de florestas plantadas e 43 mil hectares de terras, localizadas nos estados do Paraná, Santa Catarina e São Paulo, formadas substancialmente por ativos adquiridos pela Klabin no Projeto Caetê.
O acordo, batizado de Projeto Plateau, permitirá à Klabin a manutenção das sinergias operacionais do Projeto Caetê, bem como um contrato de abastecimento de madeira. A operação reforça o compromisso da companhia com a disciplina na alocação de capital, redução da alavancagem e contínua criação de valor para os acionistas.
O aporte da TIMO será realizado em duas fases, a primeira na conclusão do Projeto Plateau e a segunda prevista para até o segundo trimestre de 2025. A operação está sujeita a aprovação das autoridades regulatórias competentes.
DIVIDENDOS - Outra grande mudança é que a empresa aprovou sua nova política de dividendos e juros sobre capital próprio (JCP). Conforme o documento, a empresa poderá realizar o pagamento de proventos trimestralmente. Os acionistas terão direito a um dividendo obrigatório de, no mínimo, 25% do lucro líquido ajustado ao final do exercício.
Para garantir o pagamento trimestral, tanto de dividendos quanto de JCP, os valores distribuídos deverão representar entre 10% e 20% do Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado. Esse indicador considera o desempenho da companhia, sua situação financeira e as projeções de mercado. No entanto, o Conselho de Administração da Klabin poderá suspender o pagamento de dividendos e JCP em situações extraordinárias, como períodos de instabilidade financeira.
Para o CEO da companhia, Cristiano Teixeira, a medida é normal de ocorrer em grandes empresas. “É assim que tem que ser. Enquanto vamos ganhando mais, é só transferir isso para nossa vida pessoal. Se você vai evoluindo e ganhando mais dinheiro, também quer proteger melhor seu patrimônio”, disse. Ele recorda que a Klabin saiu de um Ebitda de dois bilhões para uma referência de oito bilhões atualmente, segundo projeções.
Com informações de assessoria de InfoMoney.