Todas as esferas de governo precisam se empenhar na promoção da saúde

O conselheiro da área da Educação do Grupo aRede, Osni Mongruel Junior, avalia que a gestão pública da saúde deve ser alcançada por outros setores, como no esporte, na cultura, na própria educação, entre outras áreas que podem contribuir para a prevenção de doenças. O debate é referente a uma reportagem especial do Portal aRede. 

Confira abaixo na íntegra a opinião de Osni, graduado em Odontologia, especialista em Administração de Empresas, professor, diretor do Colégio Sepam e diretor-presidente da Regional dos Campos Gerais do Sindicato das Escolas Particulares (Sinepe/Paraná):

"Conforme a reportagem do portal aRede, em 2025 mais de 30 mil pacientes realizaram exames pelo SUS em outras cidades, enquanto em Ponta Grossa foram mais de 191 mil atendimentos.

Alguns exames não são ofertados em nossa cidade e outros têm fila de espera, e por isso as pessoas acabam por realizá-los fora do nosso município. Os procedimentos, regulamentados através de legislação que busca proteger o cidadão (evitando fraudes), acabam sendo muitas vezes “burocráticos” e demorados para quem tem uma situação de saúde debilitada.

Investimentos já anunciados para o curto e médio prazo, no montante de 300 milhões de reais, devem sanar essas demandas até 2030 principalmente nas áreas de radiologia, imagens, oncologia, maior número de leitos, superpostos de saúde. Outros serviços complementares ainda serão necessários e estão apontados no Masterplan, do qual entidades de diversas áreas são signatárias.

Importante que todas as esferas de governo, que devolvem os impostos para a população em forma de infraestrutura e serviços de saúde, também empenhem-se na promoção da saúde através da prevenção. Educação de qualidade, esportes e lazer, cultura, transporte público, saneamento básico… tudo isso promove saúde de “corpo e alma”, assim como negligenciarmos estes cuidados torna a saúde mais cara para todos.

A população brasileira aumentou muito em relação a um período de 50 anos atrás. No entanto, vemos que a “saúde antes da doença” pouco tem sido atendida. Não temos recursos suficientes para atender doenças complexas, pois outros gastos (originados por acidentes de trânsito, por exemplo) surgem a todo instante e demandam leitos, equipes, etc. Penso ser importante também trazermos estes outros temas para perto ao discutirmos a melhoria da saúde.

Que estes investimentos anunciados se materializem logo e que as pessoas possam ter atendimento de excelência próximo de onde moram com suas famílias".

CONSELHO DA COMUNIDADE

Composto por lideranças representativas da sociedade, não ocupantes de cargo eletivo, totalizando 14 membros, a iniciativa tem o objetivo de debater, discutir e opinar sobre pautas e temas de relevância local e regional, que impactam na vida dos cidadãos, levantados semanalmente pelo Portal aRede e pelo Jornal da Manhã, com a divulgação em formato de vídeo e/ou artigo.

Conheça mais detalhes dos membros do 'Conselho da Comunidade' acessando outras notícias sobre o projeto.

LEIA ABAIXO UM RESUMO DA NOTÍCIA

- Saúde integrada e preventiva: Osni Mongruel Junior defende que a saúde pública não deve ser responsabilidade apenas do setor da saúde, mas também da educação, esporte, cultura, transporte e saneamento, priorizando a prevenção para reduzir custos e doenças futuras;

- Desafios e investimentos no SUS: Muitos exames não são oferecidos ou têm longas filas em Ponta Grossa, levando pacientes a outras cidades. Investimentos anunciados de cerca de R$ 300 milhões até 2030 devem ampliar a oferta de exames, leitos e serviços especializados;

- Crescimento populacional e infraestrutura: O aumento da população e problemas como acidentes de trânsito e más condições das estradas pressionam o sistema de saúde, reforçando a necessidade de políticas públicas integradas e da efetivação rápida dos investimentos prometidos.