Comandante da PM é preso pelo Gaeco em operação que investiga cobrança de propina
Outro policial militar investigado por participação no esquema também foi detido nesta manhã de quinta (22)
Publicado: 22/05/2025, 11:41

O comandante da 3ª Companhia Independente da Polícia Militar (3ª CIPM) de Loanda, major Alexandro Marcolino Gomes, foi preso pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Paraná. A “Operação Zero UM”, deflagrada na manhã desta quinta-feira (22), investiga a cobrança e recebimento de propina por sete policiais militares lotados e em exercício nas cidades de Loanda e Maringá. Outro policial militar investigado por participação no esquema também foi detido nesta manhã.
Além do mandado de prisão preventiva contra Gomes, foram expedidos nove mandados de busca e apreensão, sete mandados de busca pessoal, um mandado de monitoração eletrônica e três mandados de afastamento de funções públicas. As ordens judiciais foram cumpridas nas cidades de Loanda, Santa Isabel do Ivaí, Planaltina do Paraná, Maringá e Sarandi.
As investigações tiveram início em setembro de 2024, após o Gaeco de Maringá receber notícia relacionada à possível prática de vários crimes militares envolvendo o major Gomes e soldados da corporação. Com o avanço das apurações, foram obtidas diversas evidências de que o comandante da PM realizava, de forma sistêmica, a cobrança e o recebimento de propinas, o que fazia de maneira estruturada e habitual.
Apurou-se, ainda, que o esquema contava com um operador financeiro e se manteve estável mediante cobranças de valores indevidos, intimidações e subjugação de subordinados, inclusive como forma de mudar os rumos de procedimentos disciplinares, inquéritos policiais militares, assim como para a obtenção de transferências de unidades. O nome da operação “Zero Um” faz referência à forma de tratamento que era direcionada ao major.
Por meio de nota, a Polícia Militar do Paraná informou que prestou apoio ao Gaeco no cumprimento das medidas judiciais. Além disso, afirmou que vai instaurar um procedimento interno para investigar os fatos.
“No âmbito administrativo e criminal, será instaurado o devido procedimento para apuração dos fatos, com a garantia do contraditório e da ampla defesa aos envolvidos. A Polícia Militar do Paraná reafirma seu compromisso com a legalidade, a moralidade e a transparência, não compactuando com qualquer conduta que se desvie dos preceitos legais”, disse em nota.
Com informações da Banda B, parceira do Portal aRede.