Trump adia para 6 de agosto tarifa de 50% sobre produtos brasileiros | aRede
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Trump adia para 6 de agosto tarifa de 50% sobre produtos brasileiros

A mesma ordem também exclui da taxação alguns itens específicos, como suco de laranja, produtos da aviação civil, celulose, petróleo e certos componentes mecânicos

Ordem executiva foi assinada pelo presidente Donald Trump
Ordem executiva foi assinada pelo presidente Donald Trump -

Publicado Por João Iansen

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Na ordem executiva assinada pelo presidente Donald Trump, está previsto um adiamento de sete dias para o início da taxação de 50% sobre produtos brasileiros. Originalmente marcada para esta sexta-feira, 1º de agosto, a medida passa a valer a partir do dia 6 de agosto.

A mesma ordem também exclui da taxação alguns itens específicos, como suco de laranja, produtos da aviação civil, celulose, petróleo e certos componentes mecânicos. No entanto, setores importantes do agronegócio brasileiro serão fortemente atingidos, com a aplicação da tarifa sobre carne, café e frutas exportadas aos Estados Unidos.

Portanto, o chamado "tarifaço" começará efetivamente no dia 6 de agosto.

ENTENDA - Mais cedo, o presidente Donald Trump havia assinado o decreto que formaliza a tarifa de 50% aos produtos importados do Brasil.

Segundo o comunicado da Casa Branca, autoridades brasileiras teriam coagido empresas dos Estados Unidos a censurar discursos políticos, entregar dados sensíveis de usuários e alterar políticas de moderação de conteúdo sob ameaça de multas, processos criminais, congelamento de ativos ou exclusão do mercado brasileiro. O comunicado da Casa Branca ainda cita nominalmente o ministro Alexandre de Moraes como responsável por centenas de ordens secretas de censura, ameaças a executivos de empresas americanas e congelamento de ativos para forçar o cumprimento dessas ordens.

O texto também menciona o caso do jornalista Paulo Figueiredo, neto do ex-presidente Figueiredo, o último militar da ditadura militar, que mora nos Estados Unidos e que estaria sendo, segundo esse comunicado, processado criminalmente no Brasil por declarações feitas em solo americano. Paulo Figueiredo responde um processo no STF.

Leia a nota da Câmara Americana de Comércio para o Brasil:

  "A Câmara Americana de Comércio para o Brasil – Amcham Brasil manifesta sua preocupação diante da confirmação de tarifas de 50% pelos Estados Unidos sobre determinados produtos brasileiros. Trata-se de medida que fragiliza as relações econômicas e comerciais entre os dois países, afetando negativamente a competitividade de suas empresas, o emprego de seus trabalhadores e o poder de compra de seus consumidores. Ao longo de mais de 200 anos de relações diplomáticas ininterruptas, Brasil e Estados Unidos construíram uma parceria sólida, pautada por valores e interesses econômicos comuns e por intenso intercâmbio empresarial. A Amcham Brasil defende que divergências comerciais sejam resolvidas pela intensificação do diálogo construtivo em alto nível, com o objetivo de preservar e ampliar a parceria e a cooperação econômicas. Pesquisa recente conduzida pela Amcham, de 24 a 30 de julho, revela que mais da metade das empresas exportadoras no Brasil estimam que o aumento tarifário poderá resultar na interrupção total ou acentuada (superior a 50%) das vendas para os Estados Unidos. A pesquisa também indica que 86% das empresas avaliam que eventuais medidas de reciprocidade por parte do Brasil tenderiam a agravar as tensões bilaterais e reduzir o espaço para negociações. Além disso, trariam potenciais efeitos negativos sobre setores que dependem de insumos, tecnologias ou equipamentos americanos, bem como prejuízos à imagem e à segurança jurídica do Brasil como destino de investimentos e negócios. A Amcham Brasil reafirma seu compromisso histórico — de mais de um século — com o fortalecimento das relações bilaterais e se coloca à disposição dos governos de ambos os países para colaborar na construção de uma solução mutuamente satisfatória."

Câmara Americana de Comércio Nota publicada
 

Com informações: CBN.

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