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Corpo em mala: mulher assassinada por publicitário é identificada

Polícia Civil do RS agora tenta localizar a cabeça da mulher; suspeito do crime foi condenado por concretar o corpo da própria mãe há dez anos

Vítima foi reconhecida como namorada de Ricardo Jardim.
Vítima foi reconhecida como namorada de Ricardo Jardim. -

Publicado por Lilian Magalhães

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A mulher que foi morta, esquartejada e teve partes do corpo espalhadas por Porto Alegre (RS) pelo publicitário Ricardo Jardim, de 65 anos, foi identificada. No fim de semana, dois fragmentos de pernas humanas foram encontrados em dois pontos diferentes da capital gaúcha, e a Polícia Civil investiga se há relação com os restos mortais abandonados em uma mala na rodoviária da cidade.

À Banda B, o diretor do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção a Pessoas da Polícia Civil gaúcha, Mário Souza, afirmou que a mulher foi identificada como Brasília Costa, de 65 anos. Ela era natural de Arroio Grande, cidade situada na região sul do RS, e atuava como manicure.

A identificação foi feita a partir de exames de DNA. As investigações apontam que a vítima era namorada de Ricardo Jardim, preso preventivamente na última semana, como mostrou a Banda B. Sobre um dos fragmentos encontrados no domingo (7) — parte da perna e um pé —, o delegado afirmou que há grandes chances de serem de Brasília. O membro foi localizado à beira do Rio Guaíba, próximo ao Shopping Pontal, zona sul em Porto Alegre.

“Os investigadores em uma avaliação preliminar acreditam que existe chance considerável de ser uma parte da vítima do caso da mala da rodoviária”, disse ele, em nota. A Polícia Civil do RS agora tenta localizar a cabeça da mulher. Em nota, o Instituto-Geral de Perícias do RS (IGP-RS) informou que os restos mortais encontrados estão “passando pelos exames periciais necessários, conforme solicitação da autoridade policial”.

SUSPEITO - Imagens registradas por câmeras de segurança mostram o momento em que o publicitário Ricardo Jardim abandona uma mala com parte do corpo de Brasília no guarda-volumes da Estação Rodoviária de Porto Alegre (RS). Os vídeos foram enviados à Banda B pelo delegado Mario Souza, responsável pelas investigações.

Usando boné, máscara cirúrgica e luvas, o homem é visto fazendo força para erguer a bagagem para entregar ao responsável pelo setor na rodoviária. A mala com os restos mortais estava no guarda-volumes da rodoviária desde o dia 20 de agosto — ou seja, permaneceu no local por 12 dias. O tronco dela só foi encontrado na mala na segunda-feira (1º), após funcionários sentirem o forte odor e acionarem a Brigada Militar.

Após sair da rodoviária, o suspeito foi até a zona norte de Porto Alegre e passou em um supermercado. “Adquiriu bebidas alcoólicas e foi para uma pousada próximo desse comércio”, disse o delegado. O momento da compra também foi registrado por câmeras de segurança.

“A rodoviária tem câmeras, muitas pessoas circulando. Mesmo assim, o homem foi até o local e guardou no guarda-volumes da rodoviária fazendo pagamento, registro, enfim. Arrastou a mala pela rodoviária. […] Foi ele. Ele fez isso certamente com a intenção de afrontar a sociedade por algum motivo, afrontar o Estado, a polícia. Ele deixou pistas falsas no guarda-volumes, dentro da mala. Fez denúncias falsas para a polícia”, disse o delegado Mario Souza durante entrevista coletiva nesta sexta (5).

O delegado descreveu o suspeito como “extremamente educado, frio e aparentemente muito inteligente”. A motivação do crime ainda está sendo investigada. Além disso, o autor também teria feito denúncias falsas sobre o caso à polícia.

OUTROS CRIMES - O publicitário Ricardo Jardim foi condenado por matar a própria mãe a facadas e concretar o corpo dela. O crime aconteceu em 2015, e ele foi condenado a 28 anos de prisão. Condenado em 2018, Jardim respondia por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe ou meio cruel), ocultação de cadáver e posse de arma. Ele deveria ter cumprido a maior parte da pena — 27 anos — na penitenciária. O restante (um ano) seria cumprido em regime aberto ou semiaberto. No entanto, a Justiça concedeu progressão de regime ao acusado.

A mãe de Ricardo, Vilma Jardim, tinha 76 anos quando foi morta a facadas pelo filho. Ele nega ter matado a idosa e alega ter apenas escondido o corpo após um suicídio. O corpo da idosa foi encontrado dentro de um móvel feito sob medida, no apartamento em que morava com o suspeito. As investigações apontam que o publicitário matou a própria mãe para receber um seguro de R$ 400 mil que estava no nome dela.

Com informações de: Banda B, parceiro do Portal aRede.

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