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Jogo do bicho tem esquema de plantão e lavagem de dinheiro no Paraná

MP do Paraná deflagrou Operação Diarquia em Arapongas e Florianópolis para desmantelar liderança oculta que controlava 257 pontos de aposta, movimentando milhões e utilizando holding familiar para ocultar patrimônio

Investigações do Gaeco sobre a exploração do jogo do bicho em Arapongas revelaram a existência de uma estrutura empresarial complexa e lucrativa, anteriormente vinculada a um ex-Presidente da Câmara de Vereadores local
Investigações do Gaeco sobre a exploração do jogo do bicho em Arapongas revelaram a existência de uma estrutura empresarial complexa e lucrativa, anteriormente vinculada a um ex-Presidente da Câmara de Vereadores local -

Publicado Por Milena Batista

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O MPPR (Ministério Público do Paraná), por meio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), cumpre sete mandados de busca e apreensão domiciliar e pessoal nesta terça-feira (2) durante a Operação Diarquia.

A ação mira o comando de uma organização criminosa voltada à exploração de jogo do bicho e lavagem de capitais.

Os mandados, expedidos pela 1ª Vara Criminal de Arapongas, foram cumpridos nos municípios de Arapongas (PR) e Florianópolis (SC). Os alvos incluíram o suposto líder do esquema, seus familiares e "laranjas" envolvidos na ocultação de patrimônio.

As investigações identificaram que a organização controlava ao menos 257 pontos de aposta e possuía uma arrecadação que tinha possibilidade de gerar um lucro líquido anual estimado em R$ 8 milhões.

ESTRUTURA E CONTROLE FINANCEIRO

As investigações tiveram início como desdobramento da apuração sobre a exploração do jogo do bicho em Arapongas, anteriormente vinculada a um ex-presidente da Câmara de Vereadores local.

A partir da análise de dispositivos eletrônicos apreendidos, o Gaeco identificou a existência de um sócio oculto que exercia a liderança e o controle financeiro do esquema criminoso.

Apurou-se que a organização mantinha uma estrutura empresarial de "plantões". Nesse sistema, os líderes se revezavam mensalmente na administração da banca, sendo responsáveis por arcar com os custos e dividir os lucros obtidos. Planilhas e conversas obtidas indicam a escala da operação.

USO DE HOLDING E AERONAVES NA LAVAGEM DE DINHEIRO

Para ocultar a origem ilícita dos valores, o líder da organização montou uma sofisticada estrutura familiar e empresarial.

Ele utilizou uma holding, além de empresas de fachada, e o nome de seus próprios filhos e esposa como "laranjas".

Análises técnicas realizadas pelo MPPR, apontaram incompatibilidades milionárias entre a renda declarada e a movimentação bancária dos investigados, que superou R$ 1,2 milhão em determinado período.

O patrimônio identificado pela investigação inclui diversos bens, como imóveis de alto padrão, terrenos em condomínios fechados e apartamentos no litoral de Santa Catarina.

Muitos desses bens estavam registrados em nome da holding familiar para dificultar o rastreamento pelas autoridades.Ele utilizou uma holding, além de empresas de fachada, e o nome de seus próprios filhos e esposa como "laranjas".

Análises técnicas realizadas pelo MPPR, apontaram incompatibilidades milionárias entre a renda declarada e a movimentação bancária dos investigados, que superou R$ 1,2 milhão em determinado período.

O patrimônio identificado pela investigação inclui diversos bens, como imóveis de alto padrão, terrenos em condomínios fechados e apartamentos no litoral de Santa Catarina.

Muitos desses bens estavam registrados em nome da holding familiar para dificultar o rastreamento pelas autoridades.

INVESTIGAÇÃO E APREENSÕES

As investigações também identificaram duas aeronaves de pequeno porte vinculadas ao principal investigado.

O Juízo da 1ª Vara Criminal de Arapongas determinou o sequestro de diversos bens imóveis e das aeronaves identificadas, visando garantir cumprimento de possíveis reparações ao estado brasileiro.

Operação Diarquia – O MPPR, por meio do Gaeco, cumpriu sete mandados de busca e apreensão em Arapongas (PR) e Florianópolis (SC), visando desarticular uma organização criminosa ligada ao jogo do bicho e lavagem de dinheiro.

Alvos da operação – Entre os investigados estão o suposto líder do esquema, familiares e “laranjas” usados para ocultar patrimônio; o grupo controlava ao menos 257 pontos de aposta e podia gerar lucro anual de até R$ 8 milhões.

Estrutura do esquema – A organização funcionava com um sistema de “plantões”, no qual líderes se revezavam mensalmente na administração da banca, arcando com custos e dividindo lucros, conforme indicado por planilhas e conversas apreendidas.

Lavagem de dinheiro – O líder utilizava uma holding, empresas de fachada e familiares como laranjas para ocultar valores; foram identificadas movimentações incompatíveis com a renda declarada, ultrapassando R$ 1,2 milhão, além de bens de alto padrão registrados em nome da holding.

Bens apreendidos – A investigação descobriu duas aeronaves vinculadas ao principal investigado; a Justiça determinou o sequestro dos imóveis e das aeronaves para assegurar futura reparação ao Estado.

Informações: CNN

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