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Uso de canetas emagrecedoras pode cortar efeito do anticoncepcional

Especialistas explicam o fenômeno conhecido como "bebês Ozempic"

Casal de ex-BBB Laís Caldas e Gustavo Machado anunciaram gravidez, atribuindo a falha ao tratamento com Mounjaro
Casal de ex-BBB Laís Caldas e Gustavo Machado anunciaram gravidez, atribuindo a falha ao tratamento com Mounjaro -

Publicado por Lucas Veloso

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A gravidez anunciada pela médica e ex-BBB Laís Caldas reacendeu um debate importante sobre a interação medicamentosa: o uso de injetáveis para emagrecimento pode reduzir a eficácia da pílula anticoncepcional. Laís revelou que engravidou mesmo fazendo uso regular do contraceptivo oral, atribuindo a falha ao tratamento com Mounjaro (tirzepatida), iniciado para perda de peso antes de seu casamento.

O caso ilustra o fenômeno apelidado nas redes sociais de "bebês Ozempic", termo utilizado para descrever gestações não planejadas em pacientes que utilizam medicamentos da classe dos agonistas de GLP-1.

POR QUE A PÍLULA FALHA?

Segundo especialistas, a falha na proteção ocorre devido ao mecanismo de ação desses emagrecedores. Medicamentos como a tirzepatida retardam o esvaziamento gástrico (o tempo que a comida fica no estômago). Isso afeta a absorção de remédios orais, fazendo com que o princípio ativo da pílula não entre na corrente sanguínea na quantidade necessária para inibir a ovulação.

Além disso, efeitos colaterais comuns do tratamento, como vômitos e diarreia, podem expulsar o comprimido antes da absorção completa. Outro fator relevante é biológico: a perda de peso rápida reduz a gordura corporal e equilibra os hormônios, o que pode restaurar a fertilidade em mulheres que tinham ciclos irregulares.

Recomendações Médicas A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) recomenda cautela. Embora ainda faltem estudos conclusivos sobre a interação específica da tirzepatida com anticoncepcionais, a orientação é reforçar a proteção.

PARA QUEM FAZ USO DESSES EMAGRECEDORES, INDICA-SE:

Associar o uso de preservativos à pílula, especialmente nas primeiras quatro semanas após o início ou aumento da dose do emagrecedor. Dar preferência a contraceptivos que não dependem da absorção gastrointestinal, como o DIU (de cobre ou hormonal) e implantes.

A Febrasgo também alerta que não há evidências de segurança para o uso desses medicamentos durante a gestação. A recomendação é suspender o uso pelo menos um mês antes de tentar engravidar.

LEIA UM RESUMO DA NOTÍCIA:

Caso e debate: a ex-BBB e médica Laís Caldas anunciou a gravidez e disse que engravidou mesmo usando pílula regularmente, atribuindo a falha ao uso do Mounjaro (tirzepatida) para emagrecimento. O episódio reforçou o tema dos chamados “bebês Ozempic” (gestações não planejadas em usuárias de agonistas de GLP-1).

Por que pode falhar?: esses medicamentos podem retardar o esvaziamento gástrico, alterando a absorção de remédios orais como a pílula. Além disso, vômitos e diarreia podem impedir a absorção completa, e a perda de peso rápida pode regular hormônios e aumentar a fertilidade em mulheres com ciclos irregulares.

Orientações citadas: a Febrasgo recomenda reforçar a proteção: usar preservativo junto com a pílula nas primeiras quatro semanas após iniciar ou aumentar a dose e considerar métodos que não dependem do intestino, como DIU e implante. Também alerta que não há evidências de segurança desses medicamentos na gestação e orienta suspender ao menos 1 mês antes de tentar engravidar.

Com informações de TNOnline, parceira do Portal aRede.

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