Tokenização imobiliária cresce como tendência rentável
Inovação permite o fracionamento de partes do imóvel para viabilizar investimentos no ramo imobiliário, tanto residenciais quanto comerciais e em fazendas
Publicado: 16/11/2025, 17:10
Em um mundo em que o digital já está integrado com o real, onde as moedas digitais, como o Bitcoin, são uma realidade rentável, outro assunto inovador está crescendo e ganhando mercado: a tokenização imobiliária. Tokenizar significa fazer a conversão de ativos do mundo real, sejam eles tangíveis ou não tangíveis, em representações digitais (ou ‘tokens’) na blockchain - que é a tecnologia do sistema de registros de transições na rede.
Sergio Rodrigues, oficial de Cartório, que possui duas startups na área de tecnologia, presta essa assessoria para fazer a tokenização imobiliária. Ele detalha que essa tokenização possibilita a democratização de crédito para que impulsione novos investimentos. Essa tendência no Brasil iniciou em 2021, no Rio Grande do Sul. “Eu acredito que dentro de uns cinco anos, a tokenização imobiliária será algo bastante comum e inovador. Vai trazer muito progresso para as cidades em geral”, acredita ele, que mantém um Instagram ativo (@sergio_rodrigues_cartorio), detalhando esse assunto.
O especialista detalha o que muda a partir da tokenização de um imóvel. “O que vai ocorrer é que os imóveis vão acabar trabalhando com duas realidades em paralelo: com um direito que nós chamamos ‘direito real’, que vai constar todo dentro da matrícula nos cartórios, da mesma forma que é hoje, e dentro do token, em paralelo, na blockchain, vão estar os ‘direitos obrigacionais’”, explica, reforçando que os imóveis continuarão tendo as suas matrículas nos cartórios de imóveis, com o código hash da tokenização registrado nessas matrículas.
Ao tokenizar, é possível fracionar o imóvel em partes, viabilizando investimentos. “E essa dinâmica de negociação, de facilidade de transferência de direitos obrigacionais de um investidor que comprou aquela determinada cota de imóvel, vai estar rendendo frutos a partir dessas obrigações com que terceiros venham a ter com o imóvel no qual ele participa como proprietário desses direitos obrigacionais, linkados à pessoa do investidor”, explica. Com isso, os investidores serão os financiadores, os propulsores de obras incorporadas, como imóveis de alto padrão ou imóveis comerciais, com grande potencial de retorno.
