Pela 2ª vez, Câmara rejeita abertura de CPP contra Passos
Vereador teve denúncia sobre suposta ‘rachadinha’ e assédio moral e sexual aceita pela 1ª Vara Criminal de Ponta Grossa; dez parlamentares foram contra investigação.
Publicado: 16/02/2022, 16:28
Vereador teve denúncia sobre suposta ‘rachadinha’ e assédio moral e sexual aceita pela 1ª Vara Criminal de Ponta Grossa; dez parlamentares foram contra investigação
Por dez votos contrários e sete favoráveis, a Câmara Municipal de Ponta Grossa (CMPG) decidiu rejeitar, mais uma vez, a abertura de uma Comissão Parlamentar Processante (CPP) para investigar suposta ‘rachadinha’ realizada pelo vereador Felipe Ramon dos Passos (PSDB), bem como suposto assédio moral e sexual contra ex-assessores. O juízo da 1ª Vara Criminal de Ponta Grossa aceitou a denúncia criminal contra o parlamentar, proposta pelo Ministério Público do Estado do Paraná (MP/PR).
Durante a sessão desta quarta-feira (16), Felipe se defendeu das acusações contra ele, disse que apresentará todas as defesas e vai até a última instância para provar a sua inocência. Além disso, agradeceu o apoio que tem recebido. Por outro lado, Geraldo Stocco (PSB), que foi quem apresentou o pedido de abertura de CPP, afirmou que “é uma situação delicada que a Câmara Municipal e a cidade passam. Estou pedindo a abertura da CPP para fiscalizar e auxiliar a Justiça”, argumentou. Além disso complementou dizendo que se o vereador é inocente, ele deveria permitir a abertura da Comissão para provar sua inocência.
Votação
Os parlamentares que votaram pela abertura da CPP foram: Professor Careca (PSB) – suplente de Stocco, Ede Pimentel (PSB), Izaías Salustiano (PSB), Jairton da Farmácia (União), Joce Canto (PSC), Josi do Coletivo (Psol) e Julio Kuller (MDB).
Os vereadores que votaram contra a CPP foram: Celso Cieslak (PRTB), Divo (PSD), Dr. Zeca (PSL), Dr. Erick (PSDB), Filipe Chociai (PV), Leandro Bianco (Republicanos), Léo Farmacêutico (PV), Missionária Adriana (SD), Pastor Ezequiel (Avante) e Paulo Balansin (PSD).
Daniel Milla (PSD), presidente da Casa de Leis, não vota, e o suplente de Felipe Passos não esteve presente.
Defesa
O advogado Fernando Madureira, que cuida da defesa de Passos, informou que não foi surpresa o resultado da votação que não aceitou o pedido de cassação, “pois não tinha qualquer fundamento e era o mesmo que foi examinado no ano passado e rejeitado pelos parlamentares”, explicou. Além disso, falou que “estes pedidos de cassação sem fundamento, feito pelo desafeto do Felipe, são somente politicagem com fins eleitoreiros e não colaboram com os interesses da cidade, a qual sofre com o descaso de seus representantes com inúmeros problemas que registra. E ao que parece, o tal parlamentar não tem outras preocupações mais importantes na vida a não ser tentar prejudicar o vereador Felipe”, concluiu o advogado.