Obras do seminário eucarístico começaram | aRede
PUBLICIDADE

Obras do seminário eucarístico começaram

Construção foi abençoada em missa campal no sábado

A missa campal foi concelebrada pelos padres Delsi, Sérgio, Valcir, Denilson e André
A missa campal foi concelebrada pelos padres Delsi, Sérgio, Valcir, Denilson e André -

Da Redação

@Siga-me
Google Notícias facebook twitter twitter telegram whatsapp email

Construído em madeira no início da década de 70, o seminário dos padres da Sociedade dos Servos da Eucaristia está necessitando urgentemente de reforma. E, depois de três anos protelando o início das obras, uma missa campal com a participação de 300 pessoas, no último sábado, abençoou o começo dos trabalhos. Os padres aproveitaram o dia da padroeira da congregação, Nossa Senhora do Santíssimo, 13 de maio, para pedir as graças de Deus à empreitada. Ao final da missa, houve uma procissão em volta do seminário, que começou a ser reconstruído nesta segunda-feira (15).

 A missa foi presidida pelo padre Delsi Zamboni, superior geral da congregação, e concelebrada pelos demais sacerdotes da comunidade: Valcir Lima dos Santos, vigário geral; Sérgio Rocha, ecônomo geral; Denilson Gonçalves, conselheiro geral, e, pelo padre André Ribeiro de Souza.  Atualmente, os padres e mais quatro vocacionados residem no seminário. Há ainda o padre Paulo Antônio Araújo, que está servindo fora da Diocese, em Goiás. De acordo com padre Sérgio, a construção vai acontecer de forma cautelosa e será feita em quatro fases. “Não vamos sair da casa. Por isso, à medida que vão avançando com os trabalhos, vamos nos readaptando dentro do prédio”, explica.

 Padre Sérgio conta que, após a conclusão desse único bloco, que é a parte de baixo do seminário, vão iniciar com a reforma da parte de cima, onde ficam os quartos, a biblioteca e o setor da chamada clausura. A última etapa não será reconstrução - por já ser de alvenaria – e sim uma reforma. “O seminário foi construído nos anos 70 com a vinda dos padres e início da comunidade. Foi erguido pouco a pouco, conforme a necessidade, e construído em madeira, muitas madeiras ganhas, velhas, usadas. Ele foi terminado no início dos anos 80 e permanece até hoje. Está muito danificado. Tem muito cupim e a estrutura do telhado está deteriorada e com emendas. Há muito tempo gostaríamos de fazer uma reforma. A ideia era iniciar em 2020, porém, devido a pandemia da Covid, deixamos tudo de lado”, detalha.  

Além da situação física precária, o seminário carece de ser reconstruído para fazer frente ao crescimento que a congregação vem apresentando. “Este ano, estamos com oito seminaristas. Aqui, já tem (morando) dez irmãos, sendo seis padres. É uma graça de Deus esse aumento no número de vocacionados, fruto de muita oração feita pelo crescimento das vocações. E a perspectiva é de ainda mais crescimento. Temos uma parte (da casa) deteriorada, precisa reformar e ampliar para atender os que estão chegando. O projeto visa isso. Termos capacidade de acolher mais jovens tanto para o ingresso, mas também para a experiência na congregação”, argumenta o padre ecônomo, citando que, muito antes da comodidade na questão física para padres e internos, a obra busca o bem-estar da comunidade, oferecendo maior conforto em algumas instalações, especialmente para os que frequentam o seminário, aos domingos, quando a missa das 10 horas é aberta ao público. “E não cabe na capela todo o povo que vem”, ressalta.

Atualmente, a capela tem capacidade para receber 40 pessoas. No novo projeto, serão 150. “E eventos maiores poderão ser feitos no seminário. Hoje, não temos essa condição. A missa deste sábado, por exemplo, teve de ser feita no lado de fora da casa por falta de espaço”, acrescenta.

GALERIA DE FOTOS

  • Muita gente acompanhou a celebração no sábado
    Muita gente acompanhou a celebração no sábado
  • Houve procissão no entorno da atual casa
    Houve procissão no entorno da atual casa
  • Padre Sérgio, como ecônomo, estará à frente das obras
    Padre Sérgio, como ecônomo, estará à frente das obras
 

Recursos

Ainda conforme padre Sérgio, campanhas para arrecadar fundos acontecem já há quatro anos. Um bazar ocorre toda a sexta-feira, das 10 horas às 17 horas; há venda das velas na Reitoria do Sagrado Coração de Jesus, a ‘igreja dos Polacos’; no primeiro sábado do mês, acontece a Tarde do Pastel, também na Reitoria, além da promoção de almoços e rifas, tudo em prol da construção. Os interessados em doar recursos podem acessar as páginas sociais da Reitoria e do seminário. Ali, postagens informam como contribuir em dinheiro, via PIX, ou doando material de construção.

Os Servos da Eucaristia têm recebido ainda areia, tijolos, cimento, há algum tempo. “As pessoas consideram mais significativo”. A congregação também abriu cadastro em duas lojas de material de construção, no Bairro de Uvaranas. As duas ficam próximas do seminário. Os insumos podem ser comprados e direcionados à construção. Desde segunda-feira, postagens no Instagram mostram o dia-a-dia da obra, para a população poder acompanhar.

História

A Sociedade dos Servos da Eucaristia é originária da Europa, de países como França e Itália. Os quatro primeiros sacerdotes – três italianos e um brasileiro que havia morado muito tempo na Itália - chegaram a Ponta Grossa em 1978. A congregação foi fundada em 1979. “Os padres – irmãos de sangue - João e Davi Sarto vieram de Caratinga (MG) para falar com o bispo (Dom Geraldo Pelanda sobre uma área no município para sediar o grupo). Quando conheceu o terreno, com pinheiros, árvores, eucaliptos, em Uvaranas, ainda deserto, com pouquíssimas residências, padre Davi lembrou de um sonho que tinha tido com a área. Eles conseguiram adquirir o terreno, onde, primeiro, foi erguida uma casa com quatro cômodos e, iniciaram toda a trajetória dos Servos da Eucaristia”, relembra padre Sérgio Rocha. Hoje em dia, a casa funciona como hospedaria.

Tanto no seminário eucarístico como na Reitoria do Sagrado Coração existem cerca de 60 objetos históricos e raros, pouco conhecidos dos fiéis da Diocese. Móveis, obras de arte, cálices, o trono do Santíssimo, um sino vindo da Itália, relíquias da Santa Cruz, de São Pedro Julião, de São Pio X - de quem os primeiros padres eram primos próximos - e de outros santos. “O trono do Santíssimo, bem conhecido na Igreja dos Polacos, é original do santuário de Caratinga. Relíquias com mais de 50 anos, que contam a história da congregação”, enfatiza padre Sérgio, que além de ecônomo geral, é formador, mestre de noviços e mestre de postulantes da congregação.

PUBLICIDADE

Participe de nossos

Grupos de Whatsapp

Conteúdo de marca

Quero divulgar right

PUBLICIDADE