PG tem o menor valor de IPTU per capita entre as maiores cidades do Paraná
Valor médio é de R$ 279, abaixo dos R$ 292 de São José dos Pinhais, R$ 296 de Cascavel, R$ 518 de Foz do Iguaçu e R$ 716 de Maringá. A cidade também tem a segunda menor arrecadação total com esse imposto entre as principais cidades paranaenses
Publicado: 11/07/2025, 19:00

Um projeto de lei, que será encaminhado ao Legislativo na próxima segunda-feira (14), relacionado ao Plano de Ajuste Fiscal, têm o objetivo não só de atualizar a defasagem do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), mas também adequar a arrecadação municipal frente a outros municípios do porte da cidade. Entre as maiores cidades do Paraná (Curitiba, Londrina, Maringá, Ponta Grossa, Cascavel e Foz do Iguaçu), Ponta Grossa é a cidade com maior defasagem na Planta Genérica de Valores (PGV), e também a que tem o menor valor de arrecadação com esse imposto, tanto de forma absoluta quanto em uma análise per capita.
Ponta Grossa registrou, em 2024, por exemplo, a arrecadação de R$ 100,3 milhões com o IPTU, apenas acima do arrecadado por São José dos Pinhais (R$ 96,55 milhões). Esse valor está abaixo do de Cascavel, que recolheu R$ 103 milhões, e também abaixo de Foz do Iguaçu, que é uma cidade que tem 73 mil habitantes a menos (285,4 mil pessoas contra 358,3 mil), mas arrecadou R$ 147 milhões no ano passado. Em Maringá, a arrecadação foi quase três vezes superior à de Ponta Grossa, R$ 293 milhões, mesmo tendo 51,3 mil habitantes a mais (409,6 mil). Curitiba e Londrina, que têm valores ainda maiores.
Quando se fala em arrecadação por habitante, considerando apenas o público adulto, a defasagem de Ponta Grossa é ainda maior. Hoje, o valor do IPTU per capita na cidade é de R$ 279,99, sendo o mais próximo, entre as maiores cidades paranaenses, o IPTU per capita de São José dos Pinhais, de R$ 292,92, e de Cascavel, de R$ 296,99. Na comparação com o de Foz do Iguaçu, que tem uma população menor, o per capita é de R$ 518,09, chegando a R$ 716 per capita em Maringá. “Nessa comparação fica mais visível, para gente entender, o quanto nosso IPTU está defasado”, detalha o secretário municipal da Fazenda, Claudio Grokoviski.
Esse projeto de lei, que busca a adequação da cobrança do IPTU sobre terreno, irá elevar esses números já para 2026. A expectativa é de que a arrecadação cresça entre R$ 36 milhões e R$ 40 milhões com essa atualização dos valores dos terrenos no imposto. Isso fará com que Ponta Grossa ganhe uma posição no valor absoluto, superando Cascavel, mas ainda ficando atrás de Foz; e também ganhando uma posição no ranking per capita. “Em função da estratégia da trava que a gente colocou, o valor por habitante vai ficar mais perto do de Cascavel, e a Receita mais perto de Foz. Com esse projeto, não chegamos nem próximo ainda a Maringá, mas precisávamos fazer essas correções”, reforça Grokoviski.
Defasagem é de 47 anos
Esse projeto de lei, para adequar a cobrança do IPTU sobre terreno, irá resolver um problema que o município enfrenta há quase cinco décadas: a Planta Genérica de Valores do município (PGV) está desatualizada há 47 anos, sendo regida por uma lei de 1978. O município ressalta que isso é um problema porque, há anos, o Tribunal de Contas alerta para que Ponta Grossa faça essa revisão. Com isso, entre as maiores cidades paranaenses, Ponta Grossa é, disparada, a cidade com maior defasagem – depois dela, a maior defasagem é de Foz do Iguaçu, de 13 anos, mas que o prefeito já sinalizou que irá atualizar para 2026. Fora essas duas, nenhuma outra cidade tem defasagem superior a 10 anos.
Confira e média do IPTU Per Capita entre as maiores cidades do Paraná:
Cidade IPTU per capita
CuritibaR$ 863,55
LondrinaR$ 816,57
MaringáR$ 716,21
Foz do IguaçuR$ 518,09
CascavelR$ 296,99
São José dos Pinhais R$ 292,92
Ponta GrossaR$ 279,99