'Se tirar o princípio básico da soberania, não seremos mais um país soberano' diz ativista | aRede
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'Se tirar o princípio básico da soberania, não seremos mais um país soberano' diz ativista

Fala ocorreu durante protesto em Ponta Grossa neste domingo (21)

José Luiz Teixeira, durante discurso
José Luiz Teixeira, durante discurso -

Na tarde deste domingo (21), mesmo durante as fortes chuvas que atingiram Ponta Grossa, manifestantes se reuniram na Praça da Igreja dos Polacos, na região central da cidade, para protestar contra a Anistia e a PEC da Blindagem. A ação ocorreu em diferentes cidades do país.

Durante o protesto, o advogado José Luiz Teixeira, presidente do Instituto Sorriso Negro dos Campos Gerais e membro do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial do Município de Ponta Grossa, destacou a importância da soberania nacional: "A nossa constituição tem como princípio básico, princípios que regem a nossa soberania nacional, e se tirar o princípio básico da soberania, não seremos mais um país soberano", disse o ativista.

VÍDEO
José Luiz Teixeira, durante discurso | Autor: Reprodução/Manuela Vaz Rocha
 

Conforme o representante do Movimento Juventude, Christopher Ferreira, os projetos começaram a gerar reações antes mesmo de avançarem no Congresso.

Ele comentou sobre a mobilização em Ponta Grossa:“Esse ato, como foi um ato nacional, né, inclusive alguns deputados já começaram a recuar do seu voto, a se desculpar. Mostrou que o povo na rua tem força, porque a população precisa se manifestar. Os políticos, que foram eleitos para representar a população, se mobilizaram para fazer um projeto que ataca totalmente a população brasileira. Então foi de extrema importância em todo o país, e aqui em Ponta Grossa também essa mobilização.”

Indagado sobre a possibilidade de uma nova manifestação, Christopher afirmou:“Como foi um movimento nacional organizado pela população brasileira, a gente vai aguardar a tramitação, que agora vai para o Senado. Acredito que, pela pressão popular, o Senado vai recuar. Mas, se não recuar, com certeza a população brasileira, aqui das pessoas que são conscientes da realidade, que entendem a gravidade da PEC da Blindagem, que ataca a moralidade do nosso país, e também a questão da Anistia, que agora estão mudando o nome para PEC da Dosimetria, tentando atenuar, mas continua sendo grave porque desrespeita a legislação do Judiciário... então, enquanto isso estiver em debate, a população brasileira vai estar mobilizada.”

Ele ainda destacou a influência do mau tempo: “Acredito que, sem a chuva, essa praça aqui ia estar lotada. A gente ia conseguir fazer uma passeata maior, mas o recado está dado, não só em Ponta Grossa, mas no Brasil inteiro. A população disse que não aceita a PEC da Blindagem e diz não à Anistia.”

O forte temporal que atingiu a cidade contribuiu para que a mobilização reunisse um número menor de pessoas no protesto deste domingo, que ocorreu simultaneamente em várias regiões do país.

Sobre a PEC da Blindagem – A proposta prevê que, para que o Supremo Tribunal Federal (STF) possa processar um parlamentar, seja necessária autorização da respectiva Casa legislativa (Câmara ou Senado), possivelmente em votação secreta. A medida dificulta prisões em flagrante de parlamentares e amplia o foro privilegiado para casos cíveis, por exemplo. Na votação, 21 deputados federais do Paraná votaram a favor da PEC, enquanto 9 foram contrários ou se abstiveram.

Anistia – Já o Projeto de Lei 2.162/2023 (e outros apensados), conhecido como “Anistia do dia 8 de janeiro de 2023”, propõe conceder perdão aos participantes das manifestações de motivação política ocorridas entre 30 de outubro de 2022 e a data de 

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