Dançaterapia: movimento e inclusão para o corpo e a mente
A prática promovida pela dançaterapeuta Kamila Martinhuk, une movimento, expressão e autoconhecimento
Publicado: 04/11/2024, 13:42
A dançaterapia, uma prática terapêutica que une movimento, arte e expressão, tem conquistado cada vez mais adeptos. Com foco no desenvolvimento físico e mental, essa prática oferece a oportunidade de autoconhecimento e bem-estar, permitindo que cada pessoa se mova de forma livre e espontânea. No último episódio do Viver Bem, a entrevista foi com a dançaterapeuta Kamila Martinhuk, que compartilhou sua trajetória e os benefícios transformadores da prática.
A dançaterapia é uma abordagem que utiliza a dança como ferramenta terapêutica, indo além dos passos e ritmos tradicionais. Originada na Argentina pela bailarina Maria Fux, a dançaterapia trabalha a expressão corporal, a criatividade e a relação consigo mesmo. “Ao contrário de uma aula de dança comum, a dançaterapia é um convite ao autoconhecimento e à liberdade de movimento. Não existem passos fixos ou coreografias. Cada um é encorajado a se mover conforme seu próprio ritmo e desejo, explorando sentimentos e vivências por meio do corpo”, explica Kamila.
Kamila ressalta que essa prática se diferencia por proporcionar um espaço de acolhimento e desenvolvimento pessoal. Em suas sessões, os participantes são guiados por estímulos diversos, como música, objetos e a própria interação do grupo, para que possam experimentar formas únicas de movimento, desbloqueando padrões repetitivos e abrindo espaço para novas sensações e descobertas.
Segundo Kamila, a dançaterapia melhora a flexibilidade, a coordenação motora e a consciência corporal, trazendo um alívio para tensões musculares e promovendo relaxamento. Mas não é só o corpo que se beneficia: os aspectos emocionais e mentais são altamente contemplados. “A dançaterapia ajuda a reduzir o autojulgamento, a ansiedade e melhora a autoestima. O ambiente acolhedor e não competitivo favorece que cada um descubra seu próprio ritmo, sentindo-se seguro para explorar emoções e se expressar livremente”, comenta a dançaterapeuta.
Kamila destaca que a dançaterapia acolhe pessoas de todas as idades e condições físicas, desde crianças até idosos, permitindo uma conexão genuína e uma troca de experiências valiosas. Em suas aulas, ela adapta as práticas para todos os públicos, oferecendo alternativas para que pessoas com diferentes condições e limitações físicas possam participar. Grupos específicos, como mães com bebês, idosos e até pessoas com deficiência, encontram na dançaterapia uma maneira segura e divertida de movimentar-se e expressar suas emoções.
Em uma iniciativa recente, Kamila e seu grupo artístico participaram do festival Setembro em Dança, em Ponta Grossa. O evento foi marcante, especialmente para as mães participantes, que tiveram a oportunidade de explorar o palco e expressar a maternidade de maneira artística e livre. “Foi um momento emocionante ver mães, muitas das quais nunca haviam se apresentado, vivenciando o palco com seus filhos. A maternidade foi abordada de forma sensível e criativa, reforçando a conexão entre arte e experiência pessoal”, relembra.
Para quem busca uma prática que vá além do físico, promovendo uma conexão com o próprio corpo e emoções, a dançaterapia é uma excelente opção. Kamila finaliza com um convite: “A dançaterapia é uma experiência única de reconexão consigo mesmo e com o outro. Convido todos a vivenciarem essa jornada de autodescoberta e liberdade.”
PRÓXIMO EPISÓDIO – No próximo Viver Bem, a convidada é a Manu Andreat, que vai falar sobre sua carreira na música sertaneja. Não perca!