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Polícia indicia dois homens por morte de turista no PR

A polícia ressaltou que o caso se trata de uma violação do dever objetivo de cuidado e isto resultou em uma morte

Jussara Vitória Alves do Oliveira, de 25 anos, morreu após fazer um salto de rope jump, em Campo Magro
Jussara Vitória Alves do Oliveira, de 25 anos, morreu após fazer um salto de rope jump, em Campo Magro -

Publicado por Kadu Mendes

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O dono da empresa e o instrutor de rope jump (esporte radical conhecido como pêndulo humano) apontados pela Polícia Civil como envolvidos na morte de Jussara Vitória Alves do Oliveira, de 25 anos, no Parque Ecológico Lagoa Azul, em Campo Magro, Região Metropolitana de Curitiba (RMC), foram indiciados por homicídio culposo (quando não há intenção de matar).

A informação foi compartilhada nesta quinta-feira (19) pelo delegado Ivan da Silva e pela perita criminal Margarida Neves Souza, que também explicaram o passo a passo das investigações que levaram à decisão final.

Durante a entrevista coletiva concedida por ambos, a perita afirmou que houve uma falha técnica e explicou três pontos importantes que justificam tal situação. A dupla ressaltou que o caso se trata de uma violação do dever objetivo de cuidado e isto resultou em uma morte.

Para a perita, o primeiro erro foi uma linha de vida maior do que o esperado; quatro metros, maior. "O outro é que não foi desconectada a linha de vida do salto. A vítima pulou com duas cordas e isso fez com que a trajetória se desviasse. Em vez de ficar presa, sustentada, como deveria ser uma linha de vida, foi tanta força feita pelo salto que o nó que a prendia foi desfeito. Fora que a linha de vida já estava com problemas na sua confecção, era um risco eminente", disse Margarida.

A investigação policial foi ancorada no trabalho da Polícia Científica. O delegado explicou que o dono da empresa afirmou em seu depoimento que os instrutores recebem treinamentos para realizar os saltos.

O delegado Ivan Silva disse que é normal que os praticantes desistam ou ‘deem uma travada’. "A própria vítima travou naquele momento, falou com o instrutor. Parece que ela travou duas vezes antes de saltar e, na terceira, parece que ele deu o empurrão. Mas não foi um empurrão violento, foi um leve toque, que é uma prática costumeira", ponderou.

Silva destaca que, evidentemente, para o instrutor fazer isso, a pessoa que irá dar o salto tem que ter certeza das condições de segurança em que está submetida. "E isso, evidentemente, por tudo que está posto na investigação, a vítima não tinha naquele momento. Isso se junta à questão da ausência do dever objetivo de cuidado, disse.

A matéria completa está no site Banda B, parceiro do Portal aRede

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